PALMEIRA D’OESTE – Os tratores da Prefeitura voltaram à cena nesta quarta-feira (26), em mais um capítulo da gestão Valdir Semensati, que vem chamando a atenção não apenas pelas ações, mas pelas demolições. Em uma nova investida, o atual prefeito determinou a derrubada de mais estruturas públicas, reacendendo o debate sobre o desperdício de dinheiro público e o desmonte de obras realizadas na gestão anterior.
Não é de hoje que o prefeito Valdir vem sendo chamado de “Demolidor” nas rodas políticas e nas redes sociais da cidade. Em vez de reformar ou reaproveitar estruturas, o chefe do Executivo opta pela pá mecânica como solução — ainda que as obras em questão tenham sido construídas com dinheiro do contribuinte.
Mas a crítica vai além da destruição física. A ação escancara uma mensagem política: Valdir Semensati parece querer provar que as obras do ex-prefeito e seu aliado político, Luciano Esparapani, são inúteis ou desnecessárias. Seria este o início de uma “faxina” simbólica e estratégica contra o legado de quem o antecedeu? Lembrando que a verba tem participação da Deputada Estadual Analice Fernandes ao Prefeito Luciano
Durante a última sessão da Câmara, em seu já conhecido “puxadinho político” – onde fala mais como um candidato em palanque do que como gestor público – Semensati anunciou, sem cerimônia, que outras demolições estão a caminho. Entre os alvos: um campo de bocha, uma quadra esportiva e possivelmente outras estruturas ainda em funcionamento ou com potencial de uso comunitário.
A pergunta que ecoa nas ruas é direta e desconcertante: se essas obras são mesmo tão inúteis quanto o prefeito afirma, não deveriam então responsabilizar – ou até prender – o ex-prefeito Luciano Esparapani por mau uso do dinheiro público?
O problema é que a linha entre disputa política e gestão responsável está cada vez mais borrada em Palmeira D’Oeste. Enquanto os tratores seguem derrubando paredes, a população observa, perplexa, a derrubada silenciosa do bom senso e da responsabilidade com o erário.
Neste ritmo, quem perde não é apenas o ex-prefeito, tampouco seu sucessor. Quem sai no prejuízo é o cidadão, que paga caro para ver sua cidade ser desmontada em nome de um projeto pessoal de poder.