Em Palmeira D'Oeste, um incidente envolvendo o vereador Valdir Semensati gerou ampla repercussão. Um áudio que supostamente foi manipulado por inteligência artificial, atribuído a Semansati, tornou-se o centro de debates não só na cidade, mas em toda a região.
Neste áudio, ele alegadamente pedia à Polícia Rodoviária Estadual que intensificasse a fiscalização durante um evento beneficente do Hospital do Amor, com foco especial em testes de bafômetro.
As especulações são alimentadas por uma conhecida rivalidade entre Valdir e o dono do terreno onde o leilão ocorreu, marcada por diferenças significativas em suas afinidades musicais e políticas. Se de fato o áudio veio de Semensati, ele teria agido legalmente como um cidadão preocupado com a segurança dos participantes do evento e dos motoristas na rodovia, considerando os altos riscos associados à direção sob efeito de álcool.
No entanto, o episódio ganhou uma dimensão política e complicou a situação para o vereador, que se declarou vítima de um complô político. Ele afirmou que sua voz foi forjada por tecnologia de inteligência artificial em gravações distribuídas por grupos de WhatsApp. Em resposta, Valdir buscou assistência na Delegacia Especializada em Crimes Cibernéticos em São Paulo, embora as investigações tenham sido oficialmente conduzidas pela Polícia Civil de Palmeira D'Oeste.
A defesa de Valdir ficou ainda mais complicada após cerca de 60 dias do incidente, quando ele tentou esclarecer sua posição por meio de um documento de três páginas que publicou e divulgou, alegando que "estava PROVADO que o áudio contra mim era uma mentira completa". No entanto, segundo o tal Laudo exibido pelo próprio Semensati, o documento apresenta erros e acabou sendo confuso. Popularmente, comentou-se que o vereador está tentando dar um "Migué" na população.
O laudo que ele divulgou foi criticado por ser incompleto e inconclusivo. Não foi feita uma comparação entre sua voz e o áudio entregue à Polícia Científica, e existem dúvidas sobre a autenticidade do material enviado, devido à falta de conformidade com as normas de cadeia de custódia. O que Valdir explora é uma suposição de que no relatório está escrito que PODE ter sido feito por inteligência artificial, o que NÃO ficou PROVADO pela Polícia.
O resultado do laudo deixou muitas incertezas, incapazes de comprovar se a inteligência artificial realmente criou o áudio, e também não conseguiu confirmar que a voz presente no material não era de Valdir Semensati.