Nos últimos dias, a frequente utilização de veículos oficiais por vereadores de Jales tem gerado questionamentos não apenas da imprensa local, mas também da população. As viagens reiteradas para Brasília e São Paulo levantam dúvidas sobre os critérios e justificativas para tais deslocamentos, além dos custos envolvidos.
Em primeiro lugar, cabe destacar e parabenizar a Câmara Municipal de Jales pela recente decisão de aumentar o número de cadeiras no Legislativo. No entanto, o projeto foi aprovado de maneira tão rápida que, nos bastidores, comenta-se que o "décimo primeiro vereador" já está em atuação na cidade. Mas de que forma?
É aqui que entra outra investigação da imprensa local. Esse "décimo primeiro vereador" seria, na verdade, o esposo de uma vereadora titular, que tem se destacado na divulgação de suas ações e na participação ativa em viagens oficiais. Fotos e matérias publicadas em redes sociais demonstram a presença constante do esposo em compromissos da vereadora. A dúvida que ecoa na cabeça de muitos é: de que forma eles estão viajando para São Paulo e Brasília?
Essa resposta já pode ser esclarecida: com veículo próprio.
Mas isso levanta uma segunda questão: as diárias pagas à vereadora estão cobrindo hospedagem, alimentação e demais despesas da viagem de que forma?
Os valores estão sendo utilizados exclusivamente para custear as despesas da vereadora ou também estariam, indiretamente, beneficiando terceiros?
O uso de verba pública para viagens de agentes políticos é um direito garantido, desde que dentro das normas estabelecidas e com a devida transparência. A população de Jales merece esclarecimentos. Por enquanto, deixamos a palavra com os nobres vereadores para que possam explicar a situação e prestar os devidos esclarecimentos à sociedade.