Na segunda-feira, dia 5 de maio, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Jales registrou mais uma noite de superlotação, com filas e longas horas de espera. Diante do cenário, a reportagem do site A Voz das Cidades entrou em contato com a direção da unidade para entender os motivos por trás do alto fluxo de pacientes.
De acordo com informações repassadas pela equipe gestora da UPA, a causa da superlotação está diretamente ligada à procura indevida por atendimento emergencial. Aproximadamente 60% dos atendimentos realizados ontem foram classificados com as cores azul ou verde — ou seja, quadros considerados de baixa complexidade, que poderiam ser resolvidos em unidades básicas de saúde, os chamados “postinhos” dos bairros.
Segundo a direção, a falta de conscientização sobre o uso correto da UPA agrava o problema. A unidade é destinada prioritariamente a casos de urgência e emergência. Quando pessoas com sintomas leves ou quadros crônicos não emergenciais recorrem ao serviço, acabam comprometendo a agilidade do atendimento para quem realmente precisa.
A recomendação é clara: sintomas leves, como dor de cabeça, febre baixa, pequenas lesões ou dúvidas sobre medicamentos, devem ser levados às unidades de saúde da rede municipal, onde há estrutura adequada para esse tipo de acolhimento. A UPA deve ser buscada apenas em situações de real urgência, como dores intensas, dificuldades respiratórias, suspeitas de infarto ou acidentes graves.
Se a população se conscientizar sobre essa distinção, os atendimentos emergenciais poderão ser feitos com mais rapidez, menos estresse para os pacientes e mais eficiência por parte da equipe médica. A saúde pública começa também pela colaboração e responsabilidade de cada cidadão.