O Governo de São Paulo estendeu a campanha de vacinação contra a gripe até o dia 14 de julho após constatar que menos da metade do público-alvo recebeu as doses do imunizante até o momento.
A ação, que ocorre nos 645 municípios paulistas, tinha como meta vacinar no mínimo 90% dos grupos elegíveis até o dia 31 de maio. Com a baixa adesão, de cerca de 36%, o governo prorrogou a campanha por todo o mês de junho. E, agora, novamente.
"Observamos uma baixa adesão à vacinação no grupo eleito com uma cobertura vacinal de apenas 43%. As puérperas e gestantes apresentaram ainda menor adesão", afirma a enfermeira e diretora da Divisão de Imunização da SES (Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo), Ligia Nerger.
Desde maio, os imunizantes estão disponíveis para todas as pessoas acima de seis meses de idade. São direcionados também a grupos prioritários, como crianças maiores de seis meses e menores de seis anos, gestantes, puérperas, idosos e indígenas aldeados.
Nerger reforça que quem se imunizou em 2023, deve se vacinar novamente, uma vez que os anticorpos diminuem com o tempo e o vírus da gripe pode passar por modificações. "O imunizante ajuda a proteger contra as cepas atualizadas", afirma.
Quem ainda não se vacinou, pode ir a uma UBS (Unidade Básica de Saúde) de referência e receber o imunizante.
Quem pode tomar vacina da gripe?
Não tem contraindicação. O imunizante é indicado para pessoas a partir de seis meses de vida.
Há diferença entre a vacina da rede pública e privada?
Todo ano são disponibilizadas vacinas atualizadas para que o público esteja imunizado contra as diferentes cepas em circulação. A vacina do Butantã, utilizada pelo SUS (Sistema Único de Saúde), é trivalente, ou seja, composta de duas cepas do influenza A e uma do B
Já a vacina utilizada na rede particular é tetravalente. Ela é importada e protege contra quatro tipos de cepas. Uma dessas não está na vacina brasileira porque não circula no Brasil.
Aqueles que viajam com frequência para o exterior podem se beneficiar deste imunizante, mas isso não significa que a trivalente não seja eficaz.
Qual o prazo para a vacina surtir efeito?
De 7 a 10 dias, mas a produção maior de anticorpos ocorre em quatro semanas. Quando aumentar a circulação do vírus, o sistema de defesa já está blindado.
Posso associar a vacina da gripe com outro imunizantes?
Sim. A vacina da gripe pode ser tomada com qualquer outra vacina do calendário de imunização.
Quas são os efeitos colaterais?
Pode ocorrer dor no local da aplicação, vermelhidão e enrijecimento da pele. Existem as manifestações sistêmicas, como febre baixa, sensação de cansaço, dor muscular E dor de cabeça. Todas as reações duram em torno de 48 a 62 h. Se persistirem, é recomendável procurar um serviço de saúde.
Há contraindicações?
A pessoa deve observar se tem alergia aos princípios da vacina. A orientação é que a aplicação seja feita num serviço hospitalar, pois, se o paciente desenvolver o quadro alérgico, será possível revertê-lo.
Pode tomar a vacina com sintomas gripais?
Não. Se houver suspeita de qualquer infecção, o imunizante deve ser aplicado de 48 a 72 h após a melhora do quadro.
A dose causa gripe?
Não. A vacina é feita com vírus inativado. Há duas confusões comuns: a pessoa tomar a vacina, desenvolver reação adversa e achar que foi gripe; ou já estar infectada com qualquer vírus ou bactéria quando se vacinar.