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Se a toca serviu, a vista com elegância



Quando o assunto é coerência, não há disfarce que dure muito tempo. Basta citar o blogueiro de Santa Fé do Sul, que de endereço fixo só tem mesmo aquele conhecido pela vizinhança das celas e fóruns. Afinal, não é o ChatGPT que furtou a bolsa de uma senhora em Três Fronteiras ou saiu correndo com o celular dela. Tampouco é o GPT quem deve mais de três mil reais por contratar uma empresa para criar um portal fantasioso e agora está sendo executado judicialmente.

A fama do blogueiro — longe de nascer da relevância digital — vem, na verdade, das incontáveis passagens policiais. Entre liquidificadores, batedeiras e boletins por estelionato e roubo, o currículo criminal do “comunicador” é mais extenso que sua credibilidade. E dizer que é blogueiro de “rodapé” seria, talvez, uma injustiça com os rodapés da literatura.

O desafio à vereadora foi lançado. Ela aceitou. Agora, quem responde é a Polícia Civil de Jales — e não um blogueiro que se alimenta de confusão para camuflar seus próprios processos. O problema, porém, é quando a vida pessoal da vereadora começa a ser atacada de forma rasteira e covarde, abrindo espaço para um tipo de “jornalismo” que em nada se aproxima da verdade, muito menos da ética.

Ademais, é preciso dizer: bicho não se junta em luz apagada. Não é a primeira vez que a nobre vereadora Andrea Moreto é alvo de ataques. Durante seu mandato anterior, foi vítima constante da própria ex-colega vereadora, sendo atacada sistematicamente por quatro anos. O resultado? Natural e merecido: Andrea Moreto foi a vereadora mais votada nas últimas eleições. E isso fala mais do que qualquer calúnia mal engendrada por adversários desesperados.

O site A Voz das Cidades, que até aqui se manteve fora da guerrilha política entre grupinhos e disputas de vaidade, entende que é hora de equilibrar esse jogo. Porque se tem algo que sabemos fazer bem, é tirar máscaras — e a primeira já caiu.

É curioso perceber que a jovem vereadora, que aparenta ter um futuro político promissor, permita-se cercar justamente de figuras condenadas por uma variedade de crimes. Ora, o ditado é antigo, mas continua atual: quem anda com bandido, ou dá credibilidade a ele, é tão bandido quanto.

A elegância está em manter a postura — mesmo quando a toca aperta. Porque, do contrário, o que resta são os rastros dos próprios escândalos.


Por Betto Mariano – A Voz das Cidades
Especialista em jornalismo investigativo e desinfetante de reputações falsas


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