Polícia

Santa Fé do Sul - Mulher morta por ex-genro foi baleada após filha terminar relacionamento: 'Filhos escutaram os tiros', diz irmã



A funcionária pública Lucimar Pereira da Silva, de 47 anos, morta na porta da própria casa com pelo menos quatro tiros disparados pelo ex-genro, foi baleada após a filha terminar o relacionamento com o suspeito.

 

“Os dois estavam no Paraná, mas tiveram uma briga, e minha sobrinha veio embora de carona. As balas eram para a minha sobrinha. Ele atirou sem minha irmã oferecer nenhum tipo de risco”, afirmou ao G1 a irmã da vítima, Vera Lúcia Pereira da Silva.

 

O crime foi registrado na noite da última sexta-feira (23), no bairro Vila Mariana, em Santa Fé do Sul, interior de São Paulo. Alex Sandro Nogueira fugiu depois de matar a ex-sogra. Ele ainda não foi encontrado, mas a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) trabalha para prendê-lo.

No dia em que o homicídio aconteceu, o suspeito foi à casa da vítima e chamou pelo nome da ex-namorada. Lucimar, então, resolveu sair da casa, no lugar da filha, para ver o que o ex-genro queria.

Enquanto os dois conversaram, a filha mais nova da funcionária pública saiu do imóvel, mas voltou depois da mãe pedir para a menina pegar um celular.

 

“Meus sobrinhos escutaram minha irmã gritando e, logo depois, os tiros. Parece que foi Deus que fez minha irmã dizer para a filha voltar, porque ele também teria atirado na menina. Acreditamos que minha irmã sabia que o homem estava armado. Ele atirou sem minha irmã oferecer nenhum tipo de risco”, afirmou Vera Lúcia Pereira da Silva.

 

Alex Sandro Nogueira fugiu depois de cometer o crime em Santa Fé do Sul  — Foto: Arquivo Pessoal

Alex Sandro Nogueira fugiu depois de cometer o crime em Santa Fé do Sul — Foto: Arquivo Pessoal

Vera Lúcia relata que os filhos de Lucimar saíram do imóvel assim que escutaram os disparos de arma de fogo e encontraram a mãe caída no chão, sangrando e agonizando por conta dos ferimentos.

A funcionária pública chegou a ser socorrida por uma ambulância, mas não resistiu aos ferimentos. O corpo dela foi velado e enterrado em um cemitério de Santa Fé do Sul, cidade onde morava com a família.

Vera Lúcia diz que o relacionamento da sobrinha e do suspeito de cometer o crime era totalmente conturbado e marcado por agressões. Lucimar, inclusive, já havia feito de tudo para a filha terminar com o ex-genro.

 

“Minha sobrinha vivia roxa. Estou sem chão com tudo que aconteceu. Consegui ir na academia somente nesta quinta-feira, porque não posso ficar mais em cima da minha cama, chorando sem parar”, desabafou Vera.

 

Ainda tentando lidar com a perda precoce da irmã, Vera Lúcia afirma que Lucimar teve uma vida muito difícil, mas estava feliz porque tinha conseguido um emprego em uma delegacia.

“Ela achava que poderia reerguer a vida. A gente quer que o homem seja preso. Vemos entrevistas na televisão e pensamos que nunca vai acontecer conosco. Agora sei muito bem como é a dor das famílias que perdem entes queridos e querem que os bandidos sejam presos”, disse.


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