A política de Turmalina segue marcada por conflitos e disputas judiciais que parecem não ter fim. Na 233ª Zona Eleitoral de Estrela D'Oeste, mais uma vez a candidata Ivanir Savazzi, do MDB, é alvo de acusações, desta vez em uma nova Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) por suposto abuso de poder econômico. A denúncia é a mais recente de uma série de movimentações que têm ocupado a Justiça Eleitoral com alegações que, à primeira vista, expõem uma clara contradição.
Tudo começou com uma tentativa frustrada de vereadores e opositores políticos de cassar uma chapa inteira de candidatos do MDB em Turmalina. Naquela ocasião, a acusação era de que Ivanir Savazzi teria feito uma "campanha fantasma" — ou seja, que não teria se envolvido em atividades eleitorais. A ação foi indeferida, mas a disputa política não parou por aí.
Agora, os mesmos opositores mudaram a narrativa. Nesta nova denúncia, eles alegam que a campanha de Ivanir, na verdade, aconteceu, mas com irregularidades. A acusação aponta que sua filha, que a teria acompanhado de carro durante visitas eleitorais para entrega de "santinhos" e materiais de campanha, não foi declarada na prestação de contas, assim como os gastos com combustível.
O que chama a atenção é a flagrante contradição entre as duas acusações. Se na primeira ação Ivanir teria "não feito campanha", agora os próprios denunciantes admitem que ela esteve ativa durante o período eleitoral, mas argumentam que houve falhas contábeis em sua campanha.
A Justiça Eleitoral de Estrela D'Oeste, que já julgou improcedente a acusação inicial, agora terá que analisar esta nova AIJE. Enquanto isso, a rixa política em Turmalina se intensifica, deixando claro que os bastidores do poder estão mais focados em disputas pessoais e jurídicas do que em projetos ou propostas para a população.
Será que esse embate tem realmente o objetivo de fortalecer a democracia e a transparência eleitoral, ou se trata apenas de mais um capítulo de uma guerra política alimentada por ressentimentos e estratégias eleitorais duvidosas? Enquanto isso, a Justiça Eleitoral continua sendo sobrecarregada com disputas que, muitas vezes, parecem mais fruto de vaidades políticas do que de legítima busca por justiça.