Ricardo Nunes (MDB) foi reeleito neste domingo (27) prefeito de São Paulo com 59,35% dos votos válidos, derrotando o candidato Guilherme Boulos (PSOL).
O resultado saiu às 18h43 com 89,78% das urnas apuradas. Boulos teve 40,65% dos votos válidos. Com 100% das urnas apuradas, os adversários tiveram cerca de 1 milhão de votos de diferença. Nunes teve 3.393.110 votos e Boulos, 2.323901 votos.
Ele toma posse para o novo mandato em 1º de janeiro de 2025, e terá como vice o Coronel Mello Araújo (PL), indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A vitória do emedebista ocorreu em meio a maior abstenção da história da cidade de São Paulo em um segundo turno: mais de 31% dos eleitores não compareceram às urnas neste domingo (27).
"Eu agradeço muito a Deus, agradeço à minha família. Queria deixar agradecimento especial a minha esposa Regina que esteve sempre ao meu lado, em todos os momentos da minha vida e sofreu enormes maldades nessa campanha. E ao líder maior, sem o qual não teríamos essa vitória, meu amigo, que me deu a mão na hora mais difícil, govenador Tarcísio de Freitas [...] Tarcísio, seu nome é presente, mas seu sobrenome é futuro", disse.
"Não é hora de olhar para trás, a hora da diferença passou, vamos governar para todos, porque todos merecem igual respeito por parte de quem governa. Aos que acompanharam essa eleição histórica a democracia deixou uma grande lição para nós da cidade de São Paulo, e deixou uma lição para o Brasil. O equilíbrio venceu todos os extremismos", completou.
Nunes também lembrou seu antecessor Bruno Covas (PSDB), morto em 2021. O prefeito, no entanto, só mencionou Bolsonaro ao falar da indicação do vice, Coronel Mello Araújo.
Boulos também discursou após o resultado das urnas e afirmou que esquerda . "A gente perdeu um a eleição, mas nesta campanha a gente recuperou a dignidade da esquerda brasileira", afirmou.
O atual prefeito foi reeleito com amplo leque de alianças políticas, formando coligação que engloba doze partidos (PP, MDB, PL, PSD, Republicanos, Solidariedade, Podemos, Avante, PRD, Mobiliza, União Brasil).
O acordo garantiu o maior tempo de propaganda de TV no primeiro turno.
Em uma campanha marcada por ataques, agressões, e processos, Nunes ainda enfrentou neste domingo uma nova ação e uma queixa-crime de Boulos, após seu principal cabo eleitoral, o governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmar que o PCC enviou supostos salves para que familiares de presos fossem orientados a votar no psolista. O TRE nunca recebeu relatório sobre essas supostas mensagens.