A Câmara deverá discutir na sessão da próxima segunda-feira, 04, os dois projetos do vereador Luiz Henrique Viotto, o Macetão(PSD), que estão propondo uma redução de 30% nos salários dos agentes políticos locais (prefeito, vice-prefeito, secretários e vereadores), e de 20% nos proventos dos servidores públicos comissionados da Prefeitura e da Câmara.
A redução deverá valer apenas enquanto durar o estado de calamidade pública decretado pelo prefeito Flá Prandi. O dado curioso dos projetos de Macetão está em uma diferença que favorece os vereadores e revela, mais uma vez, falta de isonomia entre o pessoal da Prefeitura e da Câmara.
Senão vejamos: o projeto que trata da redução dos agentes políticos e servidores comissionados da Prefeitura estabelece que a redução deverá recair sobre a remuneração BRUTA de cada um. Já o projeto relativo aos vereadores e servidores comissionados da Câmara determina que a redução recairá sobre a remuneração LÍQUIDA.
Assim, um vereador – cujo salário é de R$ 5 mil – que receba, por conta de algum empréstimo consignado e outros descontos, a remuneração líquida de R$ 3,5 mil, terá uma redução de R$ 1.050,00 nos seus proventos. Um assessor do prefeito que também ganhe R$ 5 mil e receba, líquidos, os mesmos R$ 3,5 mil, vai ter uma redução de R$ 1,5 mil.
Ou seja, se a redução for aprovada como está sendo proposta, o vereador que recebia R$ 3,5 mil líquidos, passará a receber quase R$ 2,5 mil. Já o assessor do prefeito que recebia os mesmos R$ 3,5 mil líquidos, passará a receber R$ 2 mil. Pode parecer pouco, mas a redução deveria ser igual para todos.
Como sou moço que confio nas boas intenções dos nossos nobres edis, quero acreditar que essa diferença de tratamento não tenha sido intencional.