A galinha que canta antes de botar os ovos pode não saber o perigo que corre. A metáfora serve bem para aqueles que, empolgados demais, saem cacarejando promessas antes do tempo. Nos últimos dias, uma certa figura das redes sociais pareceu fazer exatamente isso: cantar vitória antes da hora, anunciando que assumiria um cargo de chefia em uma repartição do estado. Ah, a ilusão do canto triunfal!
É irônico, para quem recentemente sofreu uma derrota nas urnas, saltar para anunciar conquistas que ainda não existem. Talvez a galinha não tivesse se lembrado que a fama vem com responsabilidade, e que nem todo ovo prometido se concretiza em realidade. Assim, enquanto os seguidores aplaudiam um futuro glorioso, a verdade — mais amarga do que se esperava — veio bicar a porta.
Agora, o primeiro desafio da nossa galinha cantora não é comandar repartição nenhuma, mas sim escolher de onde vai tirar seu sustento nos próximos anos. Porque, afinal de contas, quem planta vento, colhe tempestade. E o vento, caro leitor, não paga as contas.
A moral dessa história fica clara: talvez seja mais prudente esperar o ovo sair, antes de cacarejar para todo o terreiro. Do contrário, a tempestade que se colhe pode não apenas derrubar galhos, mas também levar com ela os sonhos cantados alto demais.