Quanto custa morrer no Brasil?
Morrer no Brasil envolve uma série de custos que vão desde despesas funerárias, como enterro ou cremação, até os honorários de advogados para o inventário dos bens. Estimar esses custos é fundamental para um bom planejamento financeiro e para evitar dores de cabeça para os familiares.
Custos funerários
Os custos de um funeral variam consideravelmente conforme a escolha do tipo de cerimônia e sofisticação. Um caixão, por exemplo, pode custar entre R$ 550 e R$ 22.000, enquanto a preparação do corpo e demais processos podem variar de R$ 835 a mais de R$ 2.000. A taxa de sepultamento custa em torno de R$ 400, e a cremação cerca de R$ 2.500. Assim, o valor total de um funeral pode variar entre R$ 4 mil e R$ 40 mil, dependendo das escolhas feitas pela família.
Custos da sucessão patrimonial
Após o falecimento, é necessário realizar o inventário dos bens, e isso também gera despesas. O imposto sobre herança, o ITCMD, varia entre 2% e 8%, dependendo do estado. Os honorários de advogados para conduzir o inventário podem representar entre 2% e 12% do valor dos bens. Sem um bom planejamento, os custos sucessórios podem consumir até 20% do patrimônio.
Inventário em cartório
Uma opção para facilitar o processo de inventário é realizá-lo em cartório, o chamado inventário extrajudicial, possível desde 2007 para casos sem herdeiros menores de idade ou incapazes e com consenso entre os herdeiros. Essa via é mais simples, rápida e menos burocrática do que o inventário judicial, mas ainda exige a contratação de um advogado especializado em Direito Sucessório.
Como economizar?
Para reduzir custos, é importante planejar-se com antecedência. Algumas medidas incluem manter um bom plano de saúde, aderir a um plano funerário, preparar um testamento claro e criar uma carteira de investimentos com foco em facilitar a transição patrimonial com menos impostos. O planejamento pode ajudar a evitar despesas desnecessárias e garantir que os herdeiros recebam a maior parte do que foi acumulado ao longo da vida.