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QUANDO O PEIXE MORRE PELA BOCA: UM CASO QUE DESAFIA A LÓGICA



Em um determinado rincão deste nosso Brasil varonil, onde a política muitas vezes se confunde com um episódio de comédia pastelão, um caso recente tem dado o que falar. Após as eleições, alguns políticos se viram em maus lençóis ao terem suas prestações de contas questionadas.

O problema? Extrapolaram o limite de gastos. Pequeno detalhe, mas com grandes consequências: a perda do mandato.

Entre os casos mais curiosos, destaca-se o de uma vereadora que foi denunciada pelo Ministério Público justamente por essa gastança desenfreada. Até aí, nada de novo no front. O detalhe pitoresco fica por conta de quem a defende no processo: o próprio marido, advogado, que assumiu a missão de livrar a esposa da encrenca. Romântico, não?

O enredo ganha contornos ainda mais interessantes quando, em meio à defesa, a estratégia utilizada foi a de questionar a imparcialidade do juiz responsável pelo caso. Resultado? O processo foi interrompido até que um tribunal superior se manifestasse sobre a suposta suspeição do magistrado. Um respiro momentâneo, mas que não encerrou o show de trapalhadas.

No meio de tudo isso, quando reu em um outro caso o marido defensor declarou que não teria condições de arcar com as custas do processo e demais despesas judiciais.

 Um pedido legítimo, se não fosse por um pequeno detalhe: o mesmo marido advogado, aquele que argumentava sobre a fragilidade financeira do casal, apareceu nas redes sociais com um carrão novinho em folha, avaliado em mais de R$ 700 mil. E para deixar a situação ainda mais saborosa, a própria vereadora foi a responsável por presentear o digníssimo esposo com a máquina dos sonhos.

E aí, pode isso, Arnaldo?

A justiça eleitoral e o Ministério Público, que já vinham acompanhando o caso com interesse, agora têm um prato cheio para analisar. Afinal, ou estamos diante de um milagre econômico digno de estudo, ou a versão dos fatos precisa de um bom ajuste de narrativa.

Moral da história? Às vezes, mais do que prestar contas corretamente, o problema está em não prestar atenção no que se posta. Porque, como já dizia o velho ditado, peixe morre pela boca – e político, pelo Instagram.
 


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