Na busca por visibilidade, alguns políticos acabam cometendo um erro estratégico que pode comprometer sua credibilidade no longo prazo: o excesso de publicidade em páginas de reputação duvidosa. O imediatismo da autopromoção pode parecer vantajoso, mas quando o nome do político se associa a veículos de comunicação sem critérios jornalísticos claros, o efeito pode ser justamente o oposto do esperado.
A dependência excessiva desse tipo de exposição pode criar uma falsa sensação de reconhecimento, mas a longo prazo, compromete a relação com a imprensa séria e consolidada da cidade. Quando o político precisar de cobertura responsável e profissional – especialmente em momentos críticos –, pode se ver em uma situação desconfortável, sem respaldo dos meios que realmente influenciam a opinião pública.
Além disso, veículos que não seguem princípios básicos do jornalismo, muitas vezes, produzem conteúdos enviesados, sensacionalistas e, em alguns casos, baseados em interesses próprios, criando uma bolha de informação que não reflete a realidade. O resultado? O político pode até colher aplausos momentâneos, mas perde o respeito de quem realmente acompanha e fiscaliza a gestão pública com responsabilidade.
A valorização da imprensa local deveria ser uma prioridade. São esses veículos que acompanham de perto o dia a dia da cidade, conhecem os desafios da população e têm compromisso com a verdade dos fatos. Investir na credibilidade de sua comunicação é garantir que, quando for necessário esclarecer dúvidas ou divulgar ações relevantes, haja um canal confiável para isso.
No fim das contas, quem se apoia em manchetes oportunistas pode, um dia, ser vítima delas.
Político que se preocupa com sua reputação deve ter um critério rigoroso na escolha de onde e como se expõe.
Caso contrário, pode acabar refém de um jogo midiático que, na hora da necessidade, não jogará a seu favor.
