Polícia

Primo de Alcolumbre é preso em operação de combate ao tráfico



Isaac Alcolumbre, primo do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), foi preso pela PF (Polícia Federal) na manhã desta quarta-feira (20) no Amapá. Operação apreendeu grande volume de dinheiro na mesma digilência.

Os valores ainda estão sendo contados pelos agentes. Ao todo, 68 pessoas físicas e jurídicas são alvo das medidas, que incluem sequestro de bens, direitos e valores. O bloqueio de ativos alcança R$ 5,8 milhões. 

Por meio de sua assessoria, o senador disse que soube da prisão pela imprensa e explicou que Isaac Alcolumbre é filho de Salomão Alcolumbre, tio dele. Portanto, o suspeito é primo do senador.

Nota divulgada pela assessoria do parlamentar diz: "O senador Davi Alcolumbre soube pela imprensa da operação realizada pela Polícia Federal, na qual um parente seu é um dos investigados. O senador espera que a Polícia Federal cumpra de forma institucional com o seu dever".

Já Isaac Alcolumbre afirmou, por meio de nota: "Nesta data fui alvo de uma operação da Polícia Federal que apura ilícitos dentre eles o tráfico de entorpecentes. Diante dos fatos que encontram-se em apuração venho a púbico informar a quem interessar possa que não estou envolvido em nada com referência a tráfico de drogas, e fiquem certo que provarei isso. Com relação a outras acusações  das quais ainda não tenho informações faremos a defesa no momento oportuno. Tenho um hangar (aeródromo), onde recebo várias aeronaves diariamente, por vezes já comuniquei a polícia sobre suspeitas, inclusive proibido pouso e decolagem".

 

Operação

Com o apoio do MPF (Ministério Público Federal), a PF realizou a Operação Vikare com o objetivo de combater o tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Isaac é primo de Davi Alcolumbre, ex-presidente do Senado

Isaac é primo de Davi Alcolumbre, ex-presidente do Senado

DIVULGAÇÃO

Grupo suspeito utilizava o Amapá como base operacional para importar e transportar drogas em aeronaves para diferentes pontos do país. A polícia também fechou o aeródromo usado pelo grupo, onde localizou uma coleção de carros de luxo. 

 

As suspeitas também recaem sobre Frank Góes, primo do governador Waldez Góes. Os agentes acreditam que ele seja um dos operadores do esquema, com faturamento quinzenal por conta do tráfico de drogas. 

Ao todo, cerca de 300 policiais federais foram às ruas para cumprir 24 mandados de prisão preventiva, além de 49 mandados de busca e apreensão.

Quatro mandados de busca e dois mandados de prisão preventiva foram cumpridos em empresas e residências localizadas em Macapá, além de um aeroporto particular.

Carrões de luxo encontrados durante a operação da PF

Carrões de luxo encontrados durante a operação da PF

DIVULGAÇÃO/PF

Outras ordens judiciais foram cumpridas contra pessoas físicas e empresas no Pará (Belém e Ananindeua), Amazonas (Manaus e Itacoatiara), Piauí (Teresina), Ceará (Fortaleza), Mato Grosso do Sul (Campo Grande, Paranhos e Aral Moreira), São Paulo (capital e Sorocaba), Rio de Janeiro (capital) e Paraná (Foz do Iguaçu e Londrina).

Polícia ainda conta montante apreendido

Polícia ainda conta montante apreendido

O nome da operação, Vikare, remete a um personagem da mitologia grega conhecido pela tentativa de deixar Creta voando com asas artificiais. A fuga foi frustrada, resultando em sua queda no mar Egeu. A denominação da operação faz referência a duas tentativas frustradas de voos que sairiam do Amapá, uma porque a aeronave caiu (causas desconhecidas) e uma segunda porque a aeronave foi interceptada.

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