O prefeito eleito de Fernandópolis, João Paulo Cantarella (PL), gerou discussão na cidade após confirmar que o governo de transição será composto por profissionais de outras cidades da região. Segundo Cantarella, essa decisão visa evitar ligações políticas entre membros do governo e a atual administração, buscando um processo de transição mais imparcial e técnico. No entanto, a escolha não agradou a todos os moradores.
Para alguns, a estratégia do futuro prefeito demonstra uma falta de confiança nos profissionais locais, levantando questionamentos sobre a valorizão da mão de obra de Fernandópolis.
"Temos advogados, contadores e especialistas competentes na cidade, que conhecem melhor nossa realidade e poderiam contribuir significativamente", disse um morador, preferindo não se identificar. Outros apontam que trazer especialistas de fora poderia ser interpretado como uma crítica indireta à capacidade dos profissionais locais, causando desconforto entre os eleitores.
Por outro lado, defensores da decisão acreditam que Cantarella está agindo de forma pragmática, tentando evitar qualquer possível influência política que possa interferir negativamente na transição. A ideia é garantir que o processo seja conduzido com o máximo de imparcialidade e técnica possível, visando o melhor para o município. O prefeito eleito planeja apresentar a equipe em uma coletiva de imprensa, permitindo que os membros possam discutir abertamente suas metas para a transição.
Com a nomeação prevista de um advogado, um contador, uma especialista em Recursos Humanos e outro profissional no setor de licitação, Cantarella enfatizou que algumas licitações precisarão ser feitas ainda este ano para garantir a continuidade da gestão em 2025. A escolha por profissionais de fora é, segundo ele, uma forma de evitar vínculos que possam comprometer as decisões.
A comunidade de Fernandópolis segue dividida: seria essa uma escolha acertada para garantir um governo técnico e imparcial ou um desrespeito à capacidade dos próprios moradores da cidade?