Justiça

Policial de Mira Estrela Demitido por Venda Ilegal de Lixeiras



Um policial civil de Mira Estrela, localizada a 589 km de São Paulo, foi oficialmente demitido pelo governador Tarcísio de Freitas nesta sexta-feira, após ser condenado por peculato. A decisão segue uma ordem judicial relacionada ao desaparecimento de duas lixeiras metálicas da Delegacia de Polícia da cidade, revelado em 2018.

As investigações começaram quando a Polícia Civil interceptou conversas telefônicas de Fernando Endrice de Souza, o escrivão de 46 anos envolvido, enquanto apuravam outros crimes na região. Durante as interceptações, Souza foi flagrado negociando a venda das lixeiras para a loja "Variedades.com" em Ouroeste, também sob jurisdição da mesma delegacia seccional. Cada lixeira tinha valor de R$ 99, conforme informado pela Polícia Civil, e foram posteriormente recuperadas na loja mencionada.

Apesar de Fernando alegar que as lixeiras foram adquiridas de um vendedor ambulante e seu advogado questionar a legalidade das escutas como prova, o juiz Paulo Victor Alvares Gonçalves, da Comarca de Ouroeste, condenou o escrivão a oito anos e dois meses de prisão em regime fechado, além de determinar a perda de seu cargo público. O sócio de Fernando na loja foi condenado a dois anos em regime aberto.

A defesa apelou da sentença, mas a decisão final, que confirmou a perda do cargo, só foi emitida no início deste ano. Com a conclusão do processo, o governador assinou o decreto de demissão, publicado no Diário Oficial, encerrando oficialmente a carreira pública de Fernando no estado de São Paulo.


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