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PF prende oito servidores do INSS acusados de fraudar 1.975 pensões



Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (9/11), a Operação Bússola. O alvo é uma organização criminosa especializada em fraudar benefícios de aposentadoria por idade rural, mediante a falsificação e o uso de documentos públicos. Entre os investigados com prisão decretada, estão oito servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), 17 advogados e 14 intermediários dos estados do Piauí e Maranhão.

No decorrer das investigações, foram identificados 1.975 benefícios de aposentadoria por idade rural com indícios de fraude, os quais já causaram um prejuízo efetivo ao INSS de R$ 55,8 milhões. Os valores já foram sacados pelo bando.

A operação policial decorre de investigação que teve início no ano passado e foi desenvolvida no âmbito da Força-tarefa Previdenciária e Trabalhista no estado do Piauí, integrada pela Polícia Federal (PF/MJ) e pela Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista da Secretaria Executiva do Ministério do Trabalho e Previdência (CGINT/MTP).

Foram mobilizados mais de 200 policiais federais dos estados do Piauí, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Sergipe, Paraíba e Tocantins.

Estão sendo cumpridos 96 mandados judiciais, sendo 16 de prisão preventiva, 23 de prisão temporária e 57 de busca e apreensão nos municípios de Teresina/PI, Luzilândia/PI, Demerval Lobão/PI, Santo Antônio dos Milagres/PI, Timon/MA, Caxias/MA, Presidente Dutra/MA, Parnarama/MA, Codó/MA, Anapurus/MA e São João do Sóter/MA, todos expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Federal de Teresina/PI.

A Justiça Federal também determinou o bloqueio das contas dos presos e a suspensão do exercício da função pública para os servidores do INSS.

Durante todo o dia, os presos serão interrogados por delegados de Polícia Federal na Superintendência da Polícia Federal em Teresina e, posteriormente, serão encaminhados para um dos presídios da capital, onde ficarão custodiados à disposição da Justiça.

A Justiça Federal também determinou a imediata suspensão de 160 benefícios concedidos a pessoas fictícias (existentes apenas no papel) e a revisão de 1.975 benefícios com indícios de fraude, medida que evitará um prejuízo futuro estimado em R$ 623 milhões de reais.

O nome da Operação Bússola é uma alusão ao direcionamento indevido dos requerimentos de benefícios protocolados pelos advogados/intermediários aos servidores concessores do grupo criminoso.


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