Um áudio que vem circulando nas redes sociais nas últimas horas tem gerado indignação e levantado sérias questões sobre o comportamento de figuras envolvidas na campanha eleitoral de Valdir Semensati e Tomate, candidatos a cargos em Palmeira d'Oeste. Na gravação, o atual coordenador da campanha de Valdir, em conversa com um homem conhecido pelo apelido de Goiaba, faz comentários que vão além de meras ofensas políticas, beirando a xenofobia e preconceito regional.
Durante o diálogo, o coordenador dirige ataques aos simpatizantes do Partido dos Trabalhadores (PT) na época em que Lula disputava as eleições Presidenciais, utilizando expressões depreciativas e ofensivas. Em um trecho particularmente polêmico, ele se refere aos apoiadores do PT como "comedores de calangos", uma expressão que pode ser interpretada como um ataque à cultura e hábitos de determinadas regiões do país, configurando-se como um comentário de cunho xenofóbico. Essa fala reforça estereótipos regionais, desrespeitando a diversidade cultural e alimentando o preconceito contra grupos específicos de eleitores.
Além do tom xenófobo, o áudio revela um deslize linguístico por parte do coordenador. Em uma tentativa de desqualificar os petistas, ele utiliza a expressão "eles não têm naike", quando, na verdade, a palavra correta seria "naipe", usada para referir-se às qualidades ou características de uma pessoa. O erro de pronúncia rapidamente se tornou alvo de críticas nas redes sociais, destacando a incongruência entre o discurso elitista do coordenador e sua falta de domínio do próprio idioma.
O conteúdo do áudio já está sendo amplamente compartilhado e gerando repercussão negativa para a campanha de Valdir Semensati e Tomate. Muitos internautas têm repudiado as ofensas dirigidas aos eleitores do PT, assim como a insinuação de preconceito regional. Até o momento, nem o coordenador da campanha nem os candidatos envolvidos se pronunciaram oficialmente sobre o caso.
Essa situação levanta importantes questões sobre o respeito ao debate democrático e o perigo de discursos que alimentam a divisão e o preconceito em um contexto tão sensível como o das eleições. As falas veiculadas no áudio não só desrespeitam o pluralismo de ideias, como também reforçam estereótipos negativos, o que pode ter consequências legais para os envolvidos.