No Brasil, enquanto centenas de crianças aguardam anos em filas de adoção para finalmente encontrarem um pai, no mundo político, a paternidade é instantânea. Não precisa de fila, nem de DNA, muito menos de teste no programa do Ratinho. Basta que uma obra seja concluída e pronta para ser entregue à população, e os "pais" aparecem aos montes. É quase mágico!
Um exemplo disso é o prestes a ser inaugurado Pontilhão Jornalista Deonel Rosa Júnior, que será entregue à população no próximo dia 7 de janeiro. A obra, que poderia ser só mais uma conquista para a cidade, já tem disputa pela "paternidade".
E quem não quis perder tempo foi o ex-prefeito Flá Prandi, que correu às redes sociais para declarar que essa "criança" nasceu de sua boa gestão como prefeito de Jales.
Será mesmo? Pelas palavras de um de seus antigos apoiadores, a situação é bem diferente.
Segundo ele, o DNA da obra é 100% do atual prefeito, Luís Henrique, o LH. Nesse caso, parece que Flá pode até ter sonhado com a paternidade, mas o "teste de DNA político" já entregou o resultado: a obra tem outro pai.
Se no mundo real a paternidade é algo sério e demandante, na política é um verdadeiro show de holofotes.
Afinal, quem não quer ser pai de uma obra de sucesso, não é mesmo? Enquanto isso, a plateia assiste, já acostumada a esses enredos repletos de disputas familiares... ou melhor, políticas.