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Mulher branca aprovada na Polícia Federal em cota para negros pede exoneração



Mulher branca aprovada em concurso da Polícia Federal em vaga destinada a candidatos negros pede exoneração. Glaucielle Dias, que passou pela banca examinadora, se manifestou através de seu advogado. Nas redes, ela se gabava por ter sido aprovada em concurso com pouca idade

Uma denúncia anônima feita nas redes sociais culminou na exoneração de Glaucielle Dias da Polícia Federal. A mulher, que é branca, passou em um concurso da PF na vaga destinada a cotistas negros.

Segundo a revista Painel Político, Glaucielle teria pintado o próprio corpo de preto para ser aprovada pela banca examinadora. Após a repercussão do caso, o marido dela, que também é policial federal, pediu exoneração da corporação.

O homem usou o Instagram de Glaucielle para pedir desculpas. No vídeo, ele chora e afirma que ela passou por todas as etapas que o concurso impõe, inclusive pela banca examinadora do sistema de cotas.

Uma portaria de Nº 12.863, publicada no dia 24 de maio de 2020, promoveu Glaucielle da Silva dias para a função de Chefe do Núcleo de Operações de Delegacia de Polícia Federal em Guajará-Mirim, em Rondônia.

Glaucielle usa a conta do Instagram para motivar pessoas a estudarem para concurso público. Segundo o marido, ela está envergonhada e não teve forças para se retratar sobre o caso.

Na internet, várias pessoas ficaram chocadas com a mudança de Glaucielle na entrevista e na vida diária. “Tão bizarro que eu demorei para entender o que estava rolando”, diz um internauta.

 

 

“Essa menina vendia cursos e dicas de como passar em concurso público aqui no Instagram, parecia ser algo sério e motivador. Não dá pra confiar em ninguém mesmo”, escreveu outra.

(imagens abaixo)

Defesa de Gracielle

Por meio de uma nota assinada por seu advogado, Gracielle Dias se manifestou sobre o caso. O texto da defesa diz que as fotos que viralizaram nas redes de fato foram tiradas pela banca examinadora do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (CESPE), responsável pelo concurso em questão.

O advogado confirma ainda que sua cliente se declarou como negra no concurso e citou o “difícil histórico familiar” da candidata, o qual, de acordo com ele, teria “sensibilizado” os examinadores.

O advogado usa o argumento de que Glaucielle é filha de empregada doméstica, estudou em escola pública e precisou trabalhar para pagar sua faculdade particular. Outro argumento citado na nota é que a cliente não teve acesso a lazer ou a “cuidados de beleza” durante um ano e sete meses, período em que se dedicou ao concurso. Ele diz ainda que as imagens das redes sociais de Glaucielle possuem “filtros” que estariam mascarando sua real aparência.

 

 

 


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