Morreu nesta sexta-feira (26/4), o cantor e compositor Anderson Leonardo, vocalista do Molejo. Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde segunda-feira (22/4) após uma piora em seu quadro de saúde. Anderson lutava contra um câncer inguinal.
Desde outubro de 2022, o vocalista enfrentava a doença. Em janeiro de 2023, ele chegou a anunciar que teria se curado, mas, em maio do mesmo ano, teve que retomar o tratamento. O grupo Molejo se manifestou sobre a morte do vocalista e amigo no perfil do Instagram:
Com o Molejo, Anderson Leonardo marcou a infância de muitas crianças nos anos 90, com os hits "Brincadeira de Criança", "Dança da Vassoura", "Cilada" e "Paparico", entre outras músicas.
O que é câncer inguinal?
Câncer inguinal, na verdade, não é um tipo específico de câncer, mas pode dizer respeito a diversos quadros cancerígenos que afetam a região inguinal, ou seja, da virilha, segundo o oncologista Carlos Dzik, do Hospital Nove de Julho e líder em oncologia do aparelho urológico da Dasa, em São Paulo.
Segundo o oncologista, o mais comum é que um câncer de regiões próximas, como nos genitais ou na coxa, atinjam a região. "Um câncer de pênis ou de colo de útero, por exemplo, podem se disseminar e aparecer na virilha", explica.
Apesar disso, o especialista diz que também é possível que um câncer tenha origem direto na região da virilha.
Quais os sintomas de um câncer na região inguinal?
O principal sintoma, de acordo com Dzik, é o surgimento de caroços na região. "Isso não quer dizer, contudo, que um caroço na virilha sempre vai estar relacionado a um câncer. Pelo contrário, é mais frequente que esses caroços estejam ligados a inflamações nas regiões próximas. Para saber ao certo, porém, é importante buscar um médico", orienta.
Outro sintoma que pode surgir nesse tipo de câncer é o inchaço assimétrico, que afete apenas uma das pernas, descreve o oncologista.
Qual o tratamento de um câncer inguinal?
Depende. "O tratamento varia de acordo com o tipo de câncer e o estágio em que ele se encontra. É possível fazer quimioterapia, radioterapia, imunoterapia ou cirurgias", exemplifica o especialista.
Apesar disso, o oncologista destaca o uso cada vez mais frequente de imunoterapia no tratamento de carcinomas (um tipo de câncer de pele, como alguns cânceres que afetam o pênis). "Trata-se de um tratamento moderno que consiste na injeção de substâncias que fortalecem o sistema imunológico no combate ao tumor", explica.