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MÉDICO QUE DEFENDIA A CLOROQUINA E CRITICAVA O ISOLAMENTO SOCIAL MORRE EM SÃO PAULO



Morreu ontem, sexta-feira (15), em São Paulo o médico pediatra e toxicologista Anthony Wong. Ele estava internado desde dezembro no hospital Santa Maggiori.

Usado como referência por bolsonaristas, Wong era crítico das medidas de isolamento social e defendia o uso da hidroxicloroquina para tratar a Covid-19. Especialistas e a Organização Mundial da Saúde (OMS), no entanto, afirmam que a substância não tem eficácia comprovada contra a doença do coronavírus e que seu uso não é recomendado para este fim.

Além de encampar o discurso bolsonarista com relação à pandemia, Wong já chegou a divulgar informações falsas sobre o desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19. Em outubro, ele havia afirmado que “nenhuma vacina contra o novo coronavírus passou pela fase pré-clínica de testes”, o que não era verdade. Em outra ocasião, em um vídeo que circula em grupos de WhatsApp, ele tirou do contexto o percentual de efeitos adversos da Coronavac, imunizante produzido pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.

A causa da morte do médico teria sido parada cardiorrespiratória. Em nota, sua família informou que ele foi internado em dezembro com queda de pressão e mal estar, e que foi diagnosticado com uma úlcera gástrica e hemorragia digestiva.

Nascido na China e naturalizado brasileiro após se formar pela Universidade de São Paulo (USP), Wong estava com 73 anos.


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