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Lewandowski chega a Mossoró em 5º dia da fuga de detentos



O ministro Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública) desembarcou na manhã deste domingo (18) em Mossoró (RN), onde vai acompanhar as buscas pelos fugitivos da penitenciária federal da cidade.

É o quinto dia de tentativa de captura dos dois detentos, que já chegaram a invadir uma casa e fazer um casal como refém.

Lewandowski, que passa por sua primeira grande crise menos de um mês após ter assumido o ministério, foi ao Rio Grande do Norte acompanhado do diretor-geral em exercício da Polícia Federal, Gustavo Souza. Ele foi recebido no aeroporto pela governadora Fátima Bezerra (PT).

O ministro não deu entrevistas no aeroporto e seguiu direto para a delegacia da Polícia Federal na Cidade.

Em Mossoró, o ministro deve se reunir com os chefes das equipes de buscas na delegacia da Polícia Federal na cidade. Há previsão de uma entrevista à imprensa no final da tarde.

Segundo o Ministério da Justiça, há 300 agentes mobilizados na recaptura dos detentos, entre eles policiais federais, policiais rodoviários federais e policiais estaduais.

Na última quinta-feira (15), o ministro teve que convocar uma entrevista coletiva para apresentar esclarecimentos a respeito da fuga. Na ocasião, elencou falhas do presídio e anunciou medidas mais rígidas de controle das unidades prisionais.

A fuga, fato inédito em presídios federais, ocorreu na passagem de terça (13) para quarta-feira (14). Os agentes da penitenciária só detectaram a ausência dos presos na manhã de quarta, quando as buscas começaram.

Os fugitivos foram identificados como Rogério da Silva Mendonça, 36, conhecido como Tatu, e Deibson Cabral Nascimento, 34, chamado de Deisinho. Segundo as investigações, eles são ligados ao Comando Vermelho.

Na noite desta sexta-feira (16), os dois detentos fizeram uma família refém em Mossoró e levaram dois celulares e carregadores. Na casa dos reféns, eles se alimentaram e fugiram novamente cerca de quatro horas depois com mantimentos.

O juiz federal Walter Nunes, corregedor do Penitenciária Federal de Mossoró, disse à Folha que "sem dúvidas" esse foi o episódio mais grave da história dos presídios de segurança máxima do país.

A fuga provocou medo na população local.

Moradores da comunidade Riacho Grande, zona rural de Mossoró (RN), relatam temor com a possibilidade de terem as casas invadidas. A Folha esteve na localidade na tarde deste sábado (17).

Apesar do aparente clima de calmaria - com moradores sentados em cadeiras do lado de fora das casas, com as portas abertas-, alguns relatam medo ao fim do dia.

Com a chegada da noite, o clima muda, pois cresce, na avaliação deles, a possibilidade de os criminosos se deslocarem em busca de alimentos e objetos que possam ajudar na fuga.


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