Nesta segunda-feira (15), a Câmara Municipal de Jales deu um passo significativo na reforma de sua Lei Orgânica ao aprovar por unanimidade a primeira votação apelidadade de "Lei Bismark".
A proposta, que proíbe a reeleição do Presidente do Legislativo na mesma legislatura, foi recebida com grande expectativa e até certa ironia nos corredores da Câmara.
A chamada Lei Bismark surge após dois anos de debates acalorados e seis derrotas judiciais para aqueles que buscavam manter a possibilidade de reeleição. A nova redação do Artigo 15 da Lei Orgânica estabelece que o mandato da Mesa Diretora será de dois anos, com início em 1º de janeiro e término em 31 de dezembro, e impede que qualquer membro da Mesa seja reeleito para o mesmo cargo na mesma legislatura ou no período imediatamente subsequente.
A aprovação desta medida representa uma vitória do bom senso e um passo crucial em direção à renovação democrática. A resistência inicial à mudança cedeu lugar a um consenso em prol da alternância de poder, reconhecendo a importância de evitar a perpetuação de indivíduos em cargos chave.
O vereador Bismark, que durante muito tempo resistiu às mudanças, acabou por votar a favor da proposta, simbolizando uma rendição às pressões por transparência e renovação. Sua decisão de apoiar a medida é vista por muitos como uma aceitação da inevitabilidade das reformas necessárias.
O clima na Câmara é marcado por uma mistura de expectativa e sarcasmo, com muitos vereadores e espectadores fazendo piadas sobre o nome popular da emenda, "a cadeira é minha". Apesar disso, a seriedade da mudança não passa despercebida, e a esperança é que essa nova regra fortaleça a democracia local.
A expectativa é que os vereadores de Jales continuem a demonstrar maturidade política e aprovem definitivamente a emenda que garantirá a alternância no poder e o fortalecimento das instituições democráticas.