Matéria do repórter Alexandre Ribeiro, o Carioca, no jornal A Tribuna deste final de semana relata que o empresário e ex-vereador Júnior Rodrigues negou que tenha sido indicado pelo prefeito Flá Prandi para ajudar a empresa que construiu as 99 casas do conjunto “Honório Amadeu”.
Ele negou, também, que tenha atuado como facilitador da liberação dos recursos repassados pela CDHU à Prefeitura para pagamento dos serviços executados pela empresa, mas reconheceu que recebia uma comissão de 5% sobre o valor dos materiais que eram comprados em seu nome.
Júnior admitiu que tinha uma procuração da empresa, mas disse que atuava apenas como avalista dos empresários, porque a empresa – a Tecnicon Engenharia e Construções Ltda – não tinha crédito na praça para adquirir o material de construção utilizado nas obras.
“Eles estavam com dificuldade para comprar a prazo, então eu fui na loja de materiais de construção e pedi que vendessem com prazo para a construtora e assim foi feito. Por esse serviço, eu recebia 5%, mas apenas sobre o que era comprado em meu nome, e não sobre a medição total”.
Júnior garantiu que quem recebia os cheques no caixa da Prefeitura era os empresários, mas admitiu que os cheques eram depositados em sua conta bancária. “Eles recebiam e depois depositavam na minha conta. Aí eu descontava tudo que eu tinha comprado no meu nome e o que sobrava eu repassava para eles”.
Júnior criticou o engenheiro Antonio Marcos Miranda, um dos sócios da construtora.
“O Miranda é muito desinformado e foi muito maldoso.
Eu emprestei meu nome para a empresa dele aqui em Jales, em Mirassol, Santa Fé do Sul, Cordeirópolis e Dirce Reis. Na verdade, eu fiz um favor porque o antigo avalista cobrava 10% e eu me propus a ajudá-los cobrando apenas 5%“.
O ex-vereador disse que um dos motivos que o levaram a cobrar um percentual bem abaixo do que a construtora vinha pagando para outro avalista foi a amizade. “As famílias Rodrigues e Miranda possuem relações de amizade há mais de 60 anos, por isso eu resolvi ajudar”, concluiu Júnior Rodrigues.