Polícia

Jovem diz à polícia que matou motorista de aplicativo a facadas após vítima reagir a assalto



O jovem Jovanilson Soares Nogueira, de 18 anos, que foi preso suspeito de matar e roubar a motorista de aplicativo Luciana Cordiali, de 41 anos, afirmou durante depoimento à Polícia Civil que cometeu o assassinato após a vítima reagir.

O corpo de Luciana foi encontrado ao lado de uma mata, em Fernandópolis (SP), no último domingo (13). Jovanilson teve prisão preventiva decretada. Uma câmera de segurança flagrou o suspeito dirigindo o carro da vítima.

José Amilton Cardoso Machado, delegado da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Fernandópolis (SP), afirmou que a motorista de aplicativo foi atacada pelo passageiro dentro do veículo enquanto fazia uma corrida de Urânia a Fernandópolis.

“Ele disse que deu várias facadas na mulher e acabou desovando o corpo nas proximidades de um canavial. Não sabemos ainda quantas facadas foram. Ele também falou que queria roubá-la, mas que ela entrou em luta corporal e arranhou o rosto dele. Não sei se ele queria matá-la, mas roubá-la com certeza”, disse.

Depois de cometer o crime e deixar o corpo da vítima ao lado da mata, Jovanilson entrou no veículo novamente e dirigiu pela rodovia Euclides da Cunha.

Pouco tempo depois o carro de Luciana parou. O jovem, então, pediu ajuda a motoristas, afirmando que tinha sido assaltado.

Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionadas, mas perceberam manchas de sangue nas roupas do suspeito e acionaram a Polícia Militar.

Jovanilson foi levado à delegacia, onde prestou depoimento ao delegado de plantão. Ele foi transferido para a cadeia de Santa Fé do Sul (SP). O caso foi registrado como latrocínio.

Enterro
O corpo de Luciana foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), onde passou por exame necroscópico e foi liberado em seguida. Somente o resultado de um lado apontará com quantas facadas ela foi morta.

O velório e enterro da motorista de aplicativo foram feitos na tarde desta segunda-feira (14), Jales (SP), município onde a vítima morava. Ela deixou dois filhos, um com 16 e outro com 10 anos.

O crime chocou amigos, familiares e companheiros de trabalho de Luciana. Motoristas fizeram uma carreata e colocaram adesivos nos carros para homenageá-la.

A comerciante Mariele Rodrigues de Souza, que acompanhou o velório e enterro da amiga, afirmou que Luciana era uma pessoa muito simpática e que não fazia mal a ninguém.

“Ela conversava com todos e trabalhava à noite para dar o melhor para seus filhos. Nosso coração fica partido. A gente pensa no motivo que levou o criminoso a fazer isso. Como ele pôde ter coragem? Não dá para entender o motivo. Pedimos Justiça.”


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