Acredite se quiser, a vereadora Carol Amador (MDB), que responde como ré na Justiça Estadual de Jales por injúria racial e recentemente chamou seus colegas de "cachorrinhos do prefeito", criou em 4 anos 25 projetos instituindo dia comemorativo de alguma coisa: entre eles, o Dia da Inclusão Social e Antibullying.
A vereadora, que dedicou sua carreira política à nobre causa de encher o calendário com datas comemorativas - porque, afinal, o que poderia ser mais essencial para o bem-estar da população do que celebrar o "Dia Nacional do Chá das Cinco" ou o "Dia de Homenagem ao Grande Inventor da Roda" - encontrou-se de repente no centro de um furacão judicial.
Acusada de injúria racial, a vereadora agora tem a oportunidade de refletir sobre o vasto espectro de dias comemorativos que ainda não propôs - e, oh, as possibilidades são infinitas!
Por exemplo, o Dia Anti-Injúria Racial.
Por um momento, imagine a ironia deliciosa se, em meio a esse turbilhão, a vereadora decidisse propor um novo dia comemorativo: o "Dia do Respeito ao Próximo". Uma data para lembrar a todos sobre a importância da empatia, do entendimento mútuo e da convivência pacífica em uma sociedade diversificada.
Seria a cereja no topo de um bolo de ironias, um lembrete de que, às vezes, as lições mais fundamentais da vida são aquelas que esquecemos de praticar.
Imagine os discursos inflamados no plenário da câmara, os vereadores competindo para expressar seu apoio mais entusiástico ao novo projeto, enquanto a vereadora, com um sorriso constrangido, agradece a súbita onda de solidariedade.
"É um novo começo", ela diria, "uma chance para todos nós refletirmos sobre nossas ações e palavras, e como elas afetam os outros."
E assim, enquanto a cidade se prepara para celebrar o primeiro "Dia do Respeito ao Próximo", com workshops sobre empatia, estandes de abraços grátis e músicos tocando canções de amor e paz, talvez, apenas talvez, essa reviravolta irônica traga um pouco mais de luz e entendimento a uma comunidade que claramente precisa.
Porque, no final das contas, talvez não precisemos de mais dias comemorativos no calendário - mas de mais dias em que verdadeiramente vivamos os valores que eles pretendem celebrar.
E quem sabe?
Talvez a vereadora, através de suas tribulações, tenha acidentalmente tropeçado na proposta mais significativa de sua carreira.