Antes de iniciar esta matéria o Jornalista Betto Mariano faz algumas observações.
Como é notório, sou formado em Direito pela Universidade Brasil de Fernandópolis, assim que ocorreu este episódio triste envolvendo Dr Clayton Colavite do qual nunca se quer troquei uma única palavra e o pecuarista Padula do qual o conhecia muito bem, fiz matérias Jornalisticas procurando sempre informar com detalhes o ocorrido.
Também usando de todas as informações técnicas gravei áudios e exercendo minha Liberdade de Expressão como Cidadão e Jornalista, sai em defesa não do Advogado, mas do ato praticado que envolve um Advogado e um Pecuarista, isso não impede que este veículo de comunicação e este Jornalista, não se compadeça com a família de Padula, por ter perdido um Pai de família de modo trágico e atípico.
Porém depois de me manifestar publicamente e exercendo o meu Direito de Liberdade de Expressão, coisas estranhas e indícios de um suposto Assédio Judicial começou a acontecer contra este Jornalista, fatos estes que já foram comunicados para Corregedoria.
Diante do Julgamento que se aproxima dia 07 de outubro de 2021, este Jornalista, mais uma vez reafirma sua convicção técnica, que embora trágico seja o ocorrido, vem a público manifestar o desejo que o POVO, verdadeiros Juízes Naturais, absolvam o réu, Clayton Colavite, observando que este Jornalista não mencionou a palavra "inocente", como Cristão acredito que sua inocência seja de forma particular discutida com Deus !
Betto Mariano
Entenda o caso e a matéria Jornalística Publicada em 10 de julho de 2016
Quando se trata de Homicídio é difícil opinar por um fato que realmente choca as pessoas, tanto que para tal situação é preciso que as pessoas tenham certo cuidado para conseguir separar a razão da emoção.
Quem está preparado tecnicamente consegue vislumbrar o fato de um outro ponto de vista mais amplo, onde o centro do fato ocorrido pode ser visto como "um ato de sobrevivência" que leva o ser humano instintivamente a lutar por sua própria vida. Entenda o caso: Dr. Clayton Colavite e Padula segundo depoimento do próprio filho da "vítima" eram muito mais que amigos, segundo consta Padula teria adquirido uma pequena propriedade rural na região onde teria cometido alguns crimes ambientais e desta forma foi inclusive autuado pela Polícia Ambiental de Jales por volta de 2010. Padula então resolveu procurar o amigo para se defender, Direito reservado a qualquer um do contraditório e da ampla defesa, porém todos nós sabemos que legislação Brasileira Ambiental é muito rígida nesta questão com sanções pecuniárias pesadas e com poucas probabilidades de se livrar, fato que inclusive o Advogado Dr Clayton teria alertado seu cliente amigo de que seria muito difícil obter ganho de causa. Dia do Homicídio: Consta que Dr Clayton teria chamado o amigo para uma conversa sobre a situação processual, e comunicou ao seu cliente Padula que o Processo praticamente teria esgotado toda parte de recursos e que as penalidades poderiam comprometer boa parte do patrimônio de Padula.
Deste ponto em diante, Padula teria começado a se exaltar dizendo que a responsabilidade de "ter perdido" a causa era do Advogado, e que ele (Padula) deveria ter procurado outro profissional.
Dr Clayton por várias vezes pediu ao amigo que terminassem a conversa um outro dia porque Padula estava muito nervoso mas as agressões verbais por parte de Padula continuaram.
Dr Clayton mais uma vez insistiu de que Padula precisava "esfriar" a cabeça e continuar a conversa outro dia quando os dois se levantaram em direção a porta de saída do Escritório do Advogado.
Neste momento Padula com um físico bem mais avantajado do que Dr Clayton teria aplicado uma "gravata" no pescoço do Advogado que começou a se debater para sair daquela situação, quando conseguiu pegar a caneta e de costas atingir o pescoço de Padula que o soltou imediatamente. Padula tirou a caneta encravada em seu pescoço e teria partido "pra cima" dizendo agora vou te matar"´
Dr Clayton neste momento teria pego um pequeno martelo de marcenaria que levou aquele dia pra arrumar a mesa do escritório e mesmo assim tentou correr das agressões de Padula quando recebeu a segunda gravata desferindo varios golpes de martelo para trás para tentar escapar, quando Padula conseguiu segurar o martelo onde um empurrava o objeto contra o corpo do outro depois de algum tempo Padula caiu no chão devido ao esgotamento e a grande quantidade de sangue que jorrava pelo rompimento da artéria.
Desse momento em diante Dr Clayton em "estado de choque” teria perambulado pelo escritório sem saber o que fazer, consta inclusive que ele tentou limpar o sangue com as mãos, e que por volta das 02:30 da manhã ligou para esposa onde dizia frases desconexas e repetia..."muito sangue"....."muito sangue e o seu celular acabou a bateria. A esposa desesperada achando que poderia se tratar de um sequestro chamou um de seus vizinhos Policial Civil para que fosse até o Escritório de Clayton verificar o que estava acontecendo, e encontrou a cena lamentável com Dr. Clayton completamente transtornado e em estado de choque, tanto que ele não conseguiu deixar o Escritório.
O caso choca por aspectos relevantes, quem conhece Dr Clayton sabe que é um rapaz completamente sereno, calmo, educado e muito querido pelos amigos e familiares, sem contar na estatura pequena e franzina de Clayton é difícil imaginar como seria tentar escapar de Padula um indivíduo bastante enérgico de uma estatura grande com mais de 100 kg, é óbvio que muitas pessoas talvez não entendam o motivo da morte, mas a morte popularmente falando foi um tremendo "azar" por parte dos dois, pois em minha vida de Jornalismo de quase 30 anos, NUNCA vi ou ouvi dizer que alguém tenha sido morto por uma caneta, o que podemos tentar entender é que qualquer um pegaria o que estivesse em seu alcance para tentar sair de uma situação em que sua traqueia estivesse sendo esmagada.
E mais não há como tentar falar de premeditado pelos "instrumentos" que foram usados e que acabou culminando na morte do amigo Padula. O que posso dizer de tudo isso é FATALIDADE que mudou a vida de dois amigos um comerciante bastante conhecido de 53 anos em São Francisco, e um jovem advogado de 32 anos que estava em ascensão profissional, Advogado promissor, Presidente da Comissão de Ética em duas gestões da OAB de Jales, e rapaz muito querido pelos amigos, tanto que vários Advogados lotaram a Delegacia para levar apenas solidariedade ao amigo. Por fim é difícil entender se Dr Clayton teve a “sorte” de escapar de Padula, ou Padula que teve o “azar” de ser morto de um modo tão atípico, por uma caneta.
O site A VOZ DAS CIDADES recebeu durante quase dois dias várias mensagens de solidariedade ao lamentável ocorrido e sentimentos à família de Padula mas principalmente em apoio ao Dr Clayton Colavite pessoa bastante querida em Jales.