Uma tentativa de golpe via WhatsApp acendeu o alerta entre servidores públicos de Jales e região. Um estelionatário tentou se passar por um advogado bastante conhecido na cidade, que representa o Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais, utilizando inclusive a foto verdadeira do profissional em um número de telefone falso.
A abordagem foi feita com mensagens e áudios em tom formal, alegando que a vítima teria direito a uma revisão processual, que resultaria na liberação de um valor significativo de uma ação judicial. Para isso, o criminoso exigiu o pagamento de uma suposta taxa de isenção judicial, no valor de R$ 3.998,65, e forneceu dados de Pix em nome de “Antonio Roberto Oliveira Sousa”, incluindo CPF.
Para dar veracidade à fraude, o estelionatário afirmou que o processo já estaria sendo liberado pelo TJSP – Tribunal de Justiça de São Paulo, e que o valor seria enviado ao banco assim que a taxa fosse paga. O golpista ainda usou o argumento de que, caso não houvesse o pagamento, haveria um desconto de 27,5% do valor via Imposto de Renda, o que poderia ser evitado com a solicitação da chamada DAIJ (Declaração Anual de Isenção Judicial) — mais uma estratégia comum usada em golpes do tipo.
A vítima, desconfiada das alegações, não efetuou nenhum pagamento e procurou o advogado verdadeiro, que confirmou se tratar de uma fraude. O profissional informou que não usa aquele número de telefone e jamais entra em contato direto com clientes via WhatsApp para tratar de cobranças ou transferências bancárias.
O caso foi registrado como tentativa de estelionato e uso indevido de imagem, e deve ser investigado pelas autoridades. O Sindicato dos Servidores Públicos de Jales reforçou o alerta aos seus filiados: não confiem em mensagens que envolvam promessas de dinheiro ou solicitações de pagamentos. Sempre que houver dúvida, o recomendado é entrar em contato diretamente com os canais oficiais do sindicato ou do advogado responsável.
A população deve ficar atenta. O uso da imagem de pessoas reais por golpistas tem se tornado uma prática frequente nas redes, e a cautela é a melhor proteção contra fraudes.
