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EXCLUSIVO - Prefeitura de Jales, sabia da existência do lixão no Honório Amadeu ;Empreiteira afirma que "teve" que fazer contrato com parceiro da Administração.



Conforme revelado pelo site A VOZ DAS CIDADES, um documento postado na Prefeitura Municipal de Jales, e de provável conhecimento do Ministério Público Estadual de Jales, revela detalhes que no mínimo vão dar dores de cabeça aos supostos envolvidos.

O documento foi datado em 16 de julho de 2020, em resposta a Notificação da Prefeitura Municipal de Jales, e é assinado por Antônio Marcos Miranda, sócio proprietário da Tecnicon - Engenharia e Construção LTDA, responsável pela construção das 99 casas do Conjunto Habitacional Honório Amadeu.

Diz trechos do documento.....

Já no mês de janeiro de 2013, quando efetuamos o levantamento topográfico do terreno e o posicionamento técnico da Prefeitura Municipal de Jales, descobriu-se grande divergência entre aquilo  que estava descrito nos documentos, com o que efetivamente estava em solo.

Neste período, com a execução da terraplanagem , descobriu-se ainda, que sob grande parte do solo, em que seriam construídas as 99 casas da CDHU,  haviam resíduos sólidos enterrados, de um antigo aterro sanitário (lixão) da Prefeitura Municipal de Jales.  

Esse serviço consistiu em mais de 2.500 viagens de caminhão basculante, (com 12 metros cúbicos de material podre), somente assim que se deu início a construção das Casas do CDHU, em setembro de 2013.

Durante toda a fase de construção das referidas moradias, houve acompanhamento por parte da CDHU, diariamente no local,  través dos serviços de seus engenheiros inicialmente com Gustavo Salione, e posteriormente com Breno Semenzati, bem como pelo Fiscal de Serviços de nome Mário.

No decorrer dos atos, deu-se a referida descoberta por parte da Empresa, o que lhe causou espanto, já que essa análise deveria ter ocorrido quando dos estudos técnicos de topografia e análise de solo que precedem à licitação.

 

A Prefeitura então solicitou a empresa manifestante, a retirada do referido material que ali se encontrava, em estado de extrema putrefação, e que o transportasse para o aterro sanitário Municipal.

Durante a fase de construção e entrega das referidas casas, não foi realizada qualquer análise de contaminação de solo, quer seja, pela Prefeitura Municipal de Jales, ou pela CDHU, não se sabendo  se a existência prévia de aterro sanitário naquele local, expõe em risco a saúde dos moradores daquele conjunto habitacional.

 

Quando do início da atual gestão Municipal, houve uma disposição do Prefeito Municipal em realizar o aumento das medições mensais e que realizaria o pagamento dos valores devidos em cada uma delas sem qualquer atraso o que ocorreu no ano de 2017. 

E para o desentrave de assuntos Políticos relacionados ao presente contrato público, a Empresa manifestante "teve que fazer uma parceria" com a pessoa de nome Rivail Rodrigues Junior, (Júnior Rodrigues)

Referida pessoa, passou a ser responsável pela representação da citada empresa junto à Prefeitura Municipal de Jales, sendo certo que lhe foi concedida uma procuração com esta "finalidade" específica. 

A atuação da referida pessoa (Júnior Rodrigues) tinha como escopo, garantir a celeridade das medições e dos pagamentos das obras realizadas, recebendo uma porcentagem mensal daquilo que era devido pelo Município à Empresa e, também, de todo material fornecido na obra a partir de então que seria de responsabilidade da referida pessoa.  

Os materiais seriam adquiridos por prioridade junto à Empresa do "Parceiro"  que em tese teria se preparado para tanto.

Por sua vez, mensalmente  assim que os cheques para pagamento da empresa eram expedidos pela Prefeitura Municipal de Jales, os mesmo eram postos par desconto junto a conta da referida pessoa (Júnior Rodrigues) que acaba por passar aos representantes os valores líquidos após o desconto de sua comissão (5%) daquilo que seria o valor dos materiais.


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