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Estado anuncia concessão e faz mistério sobre pedágio entre Rio Preto e Olímpia



Novo pacote de concessões de rodovias do governo de São Paulo prevê a entrega de 1.046 quilômetros de estradas à iniciativa privada, com investimentos de R$ 11,8 bilhões. O programa prevê privatização de nove rodovias, sete delas na região de Rio Preto, entre novas concessões e renovações. Trechos administrados atualmente pelo Estado, como a rodovia Assis Chateaubriand (SP-425) entre Rio Preto e Olímpia estão na lista. Apesar do anúncio, o governo João Doria (PSDB) não informou detalhes das obras previstas, prazos e tampouco quantas praças de pedágio serão instaladas. As novas concessões devem ser por 30 anos.

No caso da Assis Chateaubriand (SP-425), estrada duplicada entre Rio Preto e Guapiaçu, o programa inclui 120 quilômetros de privatização até Guaíra. Segundo Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado (Artesp), o pacote também inclui a concessão do trecho de José Bonifácio a Parapuã.

Outro trecho que está no programa é a renovação da concessão da Washington Luís (SP-310) nos 200 quilômetros entre Rio Preto e São Carlos, concedida para a Triângulo do Sol. Neste pacote, está prevista a construção de terceira faixa e melhorias de avenidas marginais entre Mirassol, Rio Preto e Cedral.

Na segunda-feira, 4, o prefeito de Rio Preto, Edinho Araújo (MDB), chegou a anunciar que a obra da terceira faixa será prioridade. Edinho afirmou ainda que foi comunicado sobre a demanda pelo vice-governador, Rodrigo Garcia (PSDB), que também é membro do Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização.

O Estado, no entanto, não forneceu detalhes sobre as obras previstas no programa, apesar de divulgar que os investimentos chegarão a R$ 11,8 bilhões – R$ 4,5 bilhões para “ampliações, duplicações, acessos, viadutos e intervenções”. Segundo a Artesp, valores e benefícios para 49 cidades só serão fornecidos em cinco audiências públicas. Em Rio Preto o debate será no dia 25, no Teatro Municipal Nelson Castro.

"O projeto de concessão do Lote Noroeste está em fase de audiência pública, etapa onde são recebidas contribuições da sociedade sobre a proposta apresentada, que contempla a renovação e ampliação da concessão de rodovias. Somente após as audiências e consultas públicas entrarão em curso os estudos técnicos para a elaboração do edital, quando serão definidos os detalhes do projeto”, limitou-se a dizer a assessoria da agência. Sugestões das audiências podem mudar projetos previstos. Depois, será aberta licitação dos lotes.

A assessoria de Rodrigo Garcia e de Transportes também não revelaram detalhes. As concessões resultam em pedágios e as empresas que ficarem com os trechos deverão realizar obras. Segundo o Diário apurou, em todos os lotes há previsão de instalação de praças de pedágios. "A concessão é a melhor forma para garantir investimentos e manter São Paulo com as melhores rodovias do País. Pedágio é uma consequência. Há modelos tipo quanto mais usa a rodovia menos paga de tarifa”, afirmou o deputado federal da região Geninho Zuliani (DEM).

O deputado prevê obra de duplicação no trecho da Assis de Guapiaçu a Guaíra, passando por Olímpia e Barretos.

(Com Vinícius Marques)

Privatização na região

 

O pacote de renovação e novas concessões de rodovias paulistas anunciado pelo governo de João Doria (PSDB) incluem, além da rodovia Assis Chateaubriand, a privatização da SP-373 (trecho de Severínia a Colina), da SP-326 (trecho de Barretos a Colômbia) e da SP 322 (trecho de Bebedouro a Olímpia).

O programa também prevê a renovação das concessões SP-351 (trecho entre Bebedouro e Catanduva), da SP-323 (trecho entre Taquaritinga e Pirangi), da SP-326 (trechos entre Bebedouro e Barretos e entre Bebedouro e Araraquara), da SP-333 (trecho entre Sertãozinho e Borborema), além da SP-310 (trecho entre São Carlos e Mirassol). (VM e FP)


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