Se você achava que a novela das tentativas de impedir a realização da Jales Rodeo Music tinha acabado, prepare-se para mais um capítulo digno de vergonha alheia. A empresa Kalli, derrotada de forma legítima no processo licitatório para organizar o evento, parece não aceitar a realidade: perdeu, e perdeu com todos os méritos de quem não tinha sequer o básico para vencer.
Ontem, no final da tarde, em um movimento que beira o absurdo jurídico, a empresa entrou com um pedido de reconsideração da reconsideração junto ao desembargador Claudio Augusto Pedrassi. Isso mesmo: uma espécie de recurso do recurso, que só confirma o verdadeiro objetivo por trás dessa insistência – tentar melar a festa e prejudicar a população de Jales, que já se prepara para curtir um dos eventos mais aguardados do ano.
A tentativa, para variar, foi frustrada. No despacho oficial, o desembargador foi claro ao afirmar que “nada há para reconsiderar”, destacando que manter a suspensão do processo seria um disparate, uma vez que há contratos em vigor somando cerca de R$ 2 milhões que seriam colocados em risco para proteger uma empresa cujo sócio já tem condenação por improbidade administrativa – detalhe não tão pequeno assim.
A cereja do bolo? A empresa ainda teve a ousadia de anexar entrevistas para sugerir que o prefeito de Jales "menosprezava decisões judiciais", numa tentativa explícita de manipular a Justiça com narrativas políticas. O tiro, mais uma vez, saiu pela culatra.
Resumo da ópera: a empresa perdeu de novo. E vai ter festa, sim.
Chega a ser lamentável ver o Judiciário sendo mobilizado repetidamente para sustentar um capricho de quem não aceita a derrota no campo legal e tenta vencer no grito – ou na canetada. Mas, felizmente, desta vez, o bom senso e a responsabilidade com o interesse público prevaleceram.
Prepare o chapéu, o jeans e a bota. Porque em Jales, vai ter rodeio, sim senhor – com música, alegria e sem espaço para quem só sabe trabalhar nos bastidores da birra.