A frase "Educai as crianças e não será preciso punir os homens" (Pitágoras) nunca foi tão relevante quanto nos dias atuais, especialmente diante dos eventos alarmantes que ocorreram ontem na região de Jales. A cultura do fogo, infelizmente, parece ter se tornado uma triste realidade que permeia tanto a vida dos mais jovens quanto dos adultos.
Logo pela manhã, um ônibus escolar com estudantes foi alvo de um princípio de incêndio. Felizmente, o incidente foi rapidamente controlado, evitando maiores tragédias. No entanto, a tensão no ar já indicava que o dia seria difícil.
No período da tarde, um incêndio de grandes proporções tomou conta da região de Paranapuã. As chamas, que se alastraram com rapidez assustadora, só foram controladas pelos bombeiros por volta das 21h, após horas de intenso combate. O fogo trouxe não apenas destruição ambiental, mas também um alerta sobre a vulnerabilidade de nossas áreas rurais e urbanas.
Ainda próximo a Paranapuã, um micro-ônibus que transportava trabalhadores foi completamente consumido pelo fogo, forçando a interrupção do trânsito na região. Este incidente evidencia o quanto todos estão expostos aos perigos do fogo, independentemente de onde estejam.
Como se não bastasse, no final da noite, o site A Voz das Cidades recebeu vídeos chocantes que mostravam um grupo de quatro crianças ateando fogo em um lote baldio no Jardim Pêgolo Dois. A visão de jovens se envolvendo em atos tão perigosos e irresponsáveis levanta uma questão urgente: o que está acontecendo com nossa geração?
Esses incidentes não são meras coincidências, mas sim um reflexo de uma sociedade que parece estar falhando em educar suas crianças, em incutir nelas valores de respeito e responsabilidade. A cultura do fogo, como vimos, não se limita a atos de vandalismo ou acidentes. Ela é sintomática de uma falta de orientação, de uma carência de princípios que deveriam ser cultivados desde a infância.
A educação é a base de uma sociedade justa e segura. Precisamos, mais do que nunca, reforçar a importância de educar nossas crianças, para que atos de vandalismo, como os vistos ontem, não se tornem a norma. Somente através da educação poderemos evitar que os problemas de hoje se tornem as tragédias de amanhã.
É hora de refletir, de agir, e de garantir que nossas crianças cresçam em um ambiente onde o respeito à vida e ao próximo seja prioritário. Só assim poderemos evitar que a cultura do fogo, que tanto assola nossa região, seja perpetuada nas próximas gerações.
