João Doria reuniu-se no domingo (22) com Rodrigo Garcia, seu correligionário no PSDB e sucessor no governo paulista.
O encontro ocorreu às vésperas de uma decisão final do PSDB sobre uma candidatura tucana à Presidência da República, prevista para terça-feira (24). Nesta segunda, ele se encontra com integrantes da Executiva do partido.
Uma ala do PSDB defende que Doria desista da candidatura própria à presidência e apoie Simone Tebet (MDB).
No encontro de domingo, aliados de Rodrigo Garcia ficaram com a impressão de que Doria iria, de fato, desistir.
Na manhã desta segunda, aliados do ex-governador estão reunidos para preparar o discurso de um pronunciamento que Doria deve fazer nesta segunda ao meio dia. Até o momento, negam que ele irá desistir.
Ameaça judicial
Na semana passada, Doria, que venceu as prévias do PSDB, chegou a ameaçar judicializar a situação interna do partido diante da falta de apoio que ele tem – mas recuou depois que o movimento após os próprios aliados o criticarem.
Doria passou então a dizer que recorreria ao diretório nacional e depois à convenção, mas integrantes do partido ameaçaram complicar a vida do ex-governador no próprio encontro que homologa a candidatura. Isso porque integrantes do PSDB paulista, alinhados à direção do partido, não querem que ele dispute por avaliarem que isso prejudica a candidatura à reeleição de Rodrigo Garcia, prioridade dos tucanos.
Nos últimos dias, o ex-governador paulista criticou o resultado de uma pesquisa encomendada pelos partidos da terceira via e que terá parâmetros usados na definição da chapa da chamada terceira via. A pesquisa, não registrada no Tribunal Superior Eleitoral, mostrou o que os outros levantamentos já tinham indicado: que a rejeição de Doria é alta e pode ser um impeditivo na disputa.
Nenhum dos presidenciáveis de PSDB, MDB, União Brasil supera os 5% dos votos nas pesquisas de intenção de voto e, por isso, tentam um nome de consenso.