Em Jales, um vereador, recém-eleito e cheio de fervor, decidiu que sua missão divina não seria combater a corrupção ou lutar pelos direitos do povo, mas sim travar uma batalha épica contra o inimigo mais temível da cidade: o mato alto. Inspirado por uma voz celestial que, segundo ele, ecoava em sua mente, nosso herói municipal abraçou sua arma sagrada, a roçadeira, com a mesma determinação de um cavaleiro medieval empunhando sua espada.
Mas, como em toda boa história de valentia, o destino pregou uma peça cruel.
A abençoada roçadeira, sobrecarregada pela missão divina, acabou adoecendo e, sem mais forças, foi aposentada.
Agora, às vésperas das eleições municipais, a cidade se pergunta: quantos soldados do povo se alistarão neste exército sagrado contra as ervas daninhas que ameaçam a paz e a ordem de Jales?
Afinal, se uma voz divina o conduziu a essa jornada, quem somos nós para questionar os desígnios celestiais?
O mato alto que se cuide, pois, com ou sem roçadeira, a batalha continua!