O demolidor não está apenas prestes a desperdiçar dinheiro público. Ele é capaz de demolir coisas muito mais valiosas. A começar pela democracia, quando afirma com arrogância: "enquanto eu for prefeito..." – como se estivesse acima das instituições, do diálogo e da vontade popular.
Não estamos diante de um gestor, mas de alguém que "ingere" – consome relações públicas, respeito pela população e o que resta da confiança nas instituições. Seu estilo não é de diplomata, mas de ditador. Ele não administra: ele impõe. Não constrói: destrói.
O verdadeiro líder escuta, dialoga, conquista pela razão e pela empatia. Explica suas intenções, compartilha seus planos e convida a população a caminhar junto.
Já o demolidor faz o contrário: derruba primeiro, depois tenta justificar os escombros que deixou para trás.
Enquanto a cidade clama por soluções, ele escolhe a força. Onde deveria haver diálogo, há desprezo. Onde se espera avanço, ele impõe retrocesso. E tudo isso, infelizmente, com dinheiro público.
A cidade não precisa de um demolidor. Precisa de um construtor de pontes, de ideias e de respeito.