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DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL DE JALES DIZ QUE ACUSAÇÕES DA UNIVERSIDADE BRASIL SÃO FANTASIOSAS



O delegado Cristiano Pádua da Silva, que preside o inquérito da Operação Vagatomia, classificou de ‘fantasiosas’ e ‘devaneios’ as acusações contra ele na representação feita à Corregedoria da Polícia Federal pela atual Reitoria da Universidade Brasil.

Por meio do ofício 1305/2019, de 22 de dezembro, ao qual o Estado teve acesso, Cristiano rechaçou ponto a ponto todas as colocações da Reitoria.

“Não obstante todo o absurdo e os devaneios contidos na representação, procurei responder a todas as falsas acusações do representante”, destacou o delegado, ao final de 42 páginas.

Cristiano é um delegado reconhecido em sua Instituição. Delegados, procuradores e advogados ouvidos pela reportagem destacam sua isenção no comando de diversas operações. “O doutor Cristiano está acima de qualquer suspeita”, afirma um colega dele.

No ofício à Corregedoria da PF, Cristiano assinalou que ‘lamentavelmente o representante (Reitoria) tem se referido a esta autoridade policial também por meio da imprensa, divulgando suas acusações improcedentes, sem fundamento e criminosas, de forma irresponsável e mentirosa com o intuito de macular a honra deste subscritor’.

Ele comunicou a Corregedoria que ‘no momento oportuno serão adotadas as providências cabíveis, tanto na esfera criminal quanto na cível’. No momento, anotou, ‘continuará sendo dada prioridade às investigações decorrentes da Operação Vagatomia de forma séria e profissional conforme tem sido feito desde o início’.

Sobre a acusação de ‘excesso’ no prazo das investigações, mesmo com ‘réu preso por mais de 60 dias’, o delegado diz. “Como é de conhecimento de operadores do Direito, ou pelo menos deveria ser, a manutenção da prisão dos réus cabe às autoridades judiciais e não ao Delegado de Polícia.”

A Reitoria considera ‘imprescindível a análise da pertinência do afastamento da referida autoridade da titularidade da delegacia da Polícia Federal de Jales’.

O delegado argumenta. “Os atos praticados e apontados pelo representante são derivados do exercício da presidência de inquéritos policiais como Delegado de Polícia Federal, mas aparentemente o representante também confunde essa situação.”

A Reitoria pede instauração de procedimento administrativo para fins penais, ‘haja vista o enquadramento, em tese de inúmeros crimes, em especial a infiltração ilegal na Universidade Brasil, intimidação a funcionários’.

“A verdade é que a investigação foi bem conduzida e ao que parece só restou ao representante, por meio de manobra reprovável e criminosa, atacar a honra de quem investiga”, conclui Cristiano Pádua da Silva.


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