O prefeito de Palmeira D’Oeste, Valdir Semensati, nos brindou hoje com mais um episódio questionável ao ocupar os microfones da tribuna da Câmara Municipal.
Primeiramente, é indispensável mencionar o básico da etiqueta e da boa educação: em uma casa de leis ou em ambientes fechados, chapéus não são acessórios adequados. Estes são destinados a ambientes abertos, geralmente para proteção, algo que, no caso do prefeito, parece uma escolha irônica, considerando que o tempo já tratou de levá-lo à calvície.
Mas, se a escolha do chapéu foi uma gafe, o conteúdo de suas palavras foi ainda mais alarmante. Semensati admitiu que, há mais de 20 dias, teve ciência de problemas administrativos na Prefeitura, mas só agora tomou a iniciativa de convidar os vereadores para conhecer a situação.
Este convite é, na prática, um atestado de incompetência: em seus oito anos como vereador, ele demonstrou desinteresse em cumprir sua única função real — fiscalizar o Executivo. Como vereador, sua postura pareceu centrada apenas no salário, e como prefeito, ele tem demonstrado que a prometida "mudança" não passa de retórica vazia.
Outro ponto preocupante foi sua admissão de que as portas da Prefeitura estão fechadas. Este é um reflexo claro de sua incapacidade de liderar qualquer transformação real. Valdir vendeu problemas para justificar sua candidatura como solução, mas sua gestão tem demonstrado o oposto: falta de habilidade, planejamento e visão para implementar as mudanças que prometeu.
Enquanto isso, os servidores públicos, que deveriam ser valorizados, estão sendo preparados para quatro anos de “vacas magras”. A única mudança concreta foi a criação de novos cargos em sua administração. E mais alarmante: em um momento de alegada dificuldade financeira, como ele consegue justificar aumentos salariais e a ampliação de cargos comissionados?
As contradições são gritantes. Valdir Semensati, ao que tudo indica, representa a continuidade de práticas políticas que ele próprio criticava. Em vez de um gestor comprometido com o futuro de Palmeira D’Oeste, temos um político que fala muito, mas entrega pouco.
Resta aos cidadãos a reflexão: a mudança prometida era apenas um slogan vazio? E, mais importante, será que o prefeito está disposto a corrigir a rota ou continuará se escondendo sob o chapéu de desculpas e omissões?