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Corretor de imóveis é morto por policial após doar cesta básica



Um corretor de imóveis foi morto com um tiro de fuzil, em Cordovil, no Rio de Janeiro, após entregar uma cesta básica a um amigo que está passando por dificuldades em razão da pandemia de coronavírus.

Segundo informações do RJTV, da TV Globo, Leandro Rodrigues da Matta, de 40 anos, foi até a casa do amigo e foi baleado seis minutos depois de deixar o local.

O policial militar Bruno Bahia do Espírito Santo disse em depoimento na delegacia de Brás de Pina, onde o caso foi registrado, que atirou porque Leandro seria bandido. Na ocasião, o agente contou que o corretor estava com carro na contramão e que um outro homem desceu do carro e começou a atirar e ele revidou.

No entanto, a versão do agente apresenta contradições, uma vez que em outro depoimento, após investigação da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), Bruno disse que um dos bandidos atirou de dentro do carro contra a viatura, enquanto o motorista tentava fugir. As informações são divergentes com as das testemunhas.

Ao jornal Extra, a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) comentou o assunto e o procurador Rodrigo Mondego disse que os depoimentos apresentam muitas lacunas e aponta para a mudança de versão: "Primeiro, diz que a pessoa que atirou estava dentro do carro, depois diz que ela saiu do carro. E tem que ser respondido também quem são esses "populares" que disseram que tinham comparsas, supostos comparsas do Leandro, que teriam fugido do carro", afirmou.

Leandro tinha dois filhos, e morava em Mesquita, na Baixada Fluminense. Era corretor de imóveis e trabalhava para uma empresa, onde coordenava 250 pessoas.


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