Política

Coronel Fábio Candido é eleito prefeito de São José do Rio Preto, projeta Datafolha



Imagem mostra homem sorrindo; ele usa uma camisa verde, com detalhes em amareloImagem mostra homem sorrindo; ele usa uma camisa verde, com detalhes em amarelo Coronel Fábio Candido (PL), eleito prefeito de São José do Rio Preto - Coronel Fábio Candido no

Marcelo Toledo

Ribeirão Preto

Em sua primeira disputa à prefeitura e ancorado na família Bolsonaro, o Coronel Fábio Candido (PL), 52, foi eleito prefeito de São José do Rio Preto neste domingo (27) ao derrotar no segundo turno o deputado estadual Itamar Borges (MDB), 58, segundo projeção do Datafolha.

Para projetar a vitória de um candidato, o Datafolha acompanha os dados da apuração divulgados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e, por meio de um sistema próprio, faz a projeção do resultado considerando o peso que cada zona eleitoral tem em relação ao total de eleitores de cada cidade. Quando há um número razoável de votos apurados em todas as zonas eleitorais, poderá ser possível estimar que um candidato não pode mais ser ultrapassado, e, portanto, projetar sua vitória.

Candido registrava 60,6% dos votos válidos —com 25% das urnas apuradas, de acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral)— enquanto Itamar recebeu 39,3% votos, confirmando o favoritismo que já tinha apresentado no turno inicial, em que venceu (40,46% a 25,68%).

Natural de São José do Rio Preto, Coronel Fábio assumiu em 2020 o CPI-5 (Comando de Policiamento do Interior), baseado na própria cidade, e hoje está na reserva. Disputou uma vaga para a Assembleia Legislativa do estado em 2022, mas não se elegeu.

Chegou à eleição deste ano sem nunca ter exercido um cargo político, enquanto seu adversário ocupa uma vaga de deputado estadual desde 2011, já foi secretário de Agricultura do estado e também prefeito de Santa Fé do Sul (que fica a 670 km de São Paulo e a 160 km de São José do Rio Preto).

Em sua campanha, o prefeito eleito se mostrou como o candidato escolhido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sua família, além de firmar pilares no discurso de fé e família. Só dois partidos se coligaram com o policial militar da reserva: Novo e PMB.

Na última terça-feira (22), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) esteve novamente na cidade para atos de campanha, assim como já tinha feito no primeiro turno em visita com o ex-presidente.

Em entrevista à Folha durante a campanha do segundo turno, o eleito disse que o apoio de Bolsonaro "reforça os nossos princípios e valores e aumenta a visibilidade das nossas propostas".

Já a campanha de Itamar, que contava com 12 legendas, buscou mostrar que o candidato era experiente na política, além de ter o apoio de políticos como o prefeito Edinho Araújo (MDB), que está em seu quarto mandato à frente do município.

Também fizeram parte da coligação de Itamar Republicanos, PP, Podemos, Solidariedade, União Brasil, PSD, PSDB, Cidadania, PRTB, PRD e Avante.

Além da disputa intensa nas últimas três semanas, a eleição em Rio Preto contou com a neutralidade da frente esquerdista do município. PT, PSOL, PC do B e Rede publicaram um comunicado criticando Itamar, associando o MDB ao processo de impeachment de Dilma Rousseff e convocando os seus filiados para votarem no número 13, o que tornaria o voto nulo –o número do prefeito eleito é 22, e o de Itamar, 15.

O emedebista chegou a ter a candidatura indeferida pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) em razão de condenação de improbidade, julgada em segunda instância em 2016, por compras irregulares e emissão de notas frias enquanto prefeito em Santa Fé do Sul.


RECEBA NOTÍCIAS NO SEU WHATSAPP!
Receba gratuitamente uma seleção com as principais notícias do dia.

Mais sobre Política