Vamos combinar: inaugurar um posto de combustível é quase um ato de heroísmo hoje em dia. Cortar a fita, posar para as fotos, distribuir sorriso para as câmeras... até aí tudo bem, é o básico do show político-empresarial. Mas aí vem a cereja do bolo: como explicar que, a quilômetros de distância, outro posto do mesmíssimo dono cobre um preço que faria até petróleo da OPEP chorar? Pois é, meus amigos, bem-vindos ao circo dos bastidores.
A matemática criativa do mercado
No posto recém-inaugurado, o preço por litro parece até um milagre: o cliente se sente numa Black Friday permanente. Já no posto antigo, onde as bandeirinhas da inauguração já viraram fiapos ao vento, o preço é outro: a gasolina dá vontade de financiar no carnê, e o diesel… bem, melhor nem perguntar. A desculpa oficial? "Custos operacionais diferentes". Ah, claro, porque o ar condicionado do posto novo deve ser movido a energia solar, enquanto o antigo usa um gerador a diesel premium, certo?
O consumidor, esse pobre coitado
E a gente aqui, simples mortais, tenta entender como essa mágica acontece. Uma explicação plausível? Talvez seja o mercado testando nossa paciência. Ou, quem sabe, é um treinamento para futuros atos de teletransporte: você abastece no posto mais barato e voa para pagar as contas no mais caro. É a economia criativa no seu melhor estilo.
Mas e as autoridades?
Agora, a pergunta que não quer calar: será que a fiscalização viu isso? Ou estão ocupados demais contando os centavos dos próprios tanques? Porque, cá entre nós, quem deixa essa discrepância passar só pode estar na mesma vibe de quem fecha os olhos para blitz na sexta-feira à noite: fingindo que não viu para não ter que lidar.
Moral da história
No fim, a lição é clara: se você for inaugurar algo, pelo menos tenha um discurso coerente. Porque, com esses preços tão diferentes, nem precisa de fiscal para gerar burburinho – a galera no grupo do WhatsApp já resolve. Enquanto isso, seguimos aqui, abastecendo no mais barato e torcendo para que o tanque dure até a próxima eleição.
E assim seguem os bastidores do poder, movidos a combustível... de polêmicas.
