Política

Com votação apertada, prefeito de Birigui se livra de cassação



Em uma sessão extraordinária que se arrastou por quase nove horas, o prefeito de Birigui, Leandro Maffeis (PSL), se livrou de ter o mandato cassado pela Câmara Municipal, que votou, nessa sexta-feira (14), o parecer final da Comissão Processante (CP) que investigou suposta fraude na contratação da OSS (Organização Social de Saúde) Beneficência Cesário Lange (BHCL), pela Prefeitura, para o gerenciamento do pronto-socorro municipal.

A sessão começou às 18h de sexta e se arrastou até a madrugada deste sábado (15), sendo finalizada por volta das 2h30. Dos 15 vereadores, 8 votaram favoráveis ao parecer final da CP, feito pelo relator, vereador Wagner Mastelaro (PT), que entendeu que houve favorecimento à OSS, que foi contratada por pouco mais de R$ 2,3 milhões mensais, e crime de responsabilidade por parte do prefeito. Eram necessários 10 votos para que o parecer fosse aprovado. Outros 6 vereadores votaram contra o parecer e um se absteve de votar.

Os vereadores favoráveis à cassação de Maffeis foram Wagner Mastelaro (PT), Fabiano Amadeu (Cidadania), Paulinho do Posto (Avante), Dra. Osterlaine (DEM), José Luiz Buchalla (Patriota), André Fermino (PSDB), Cabo Wesley (PSL) e Toddy da Unidiesel (Cidadania). Os contrários foram Marcos da Ripada (PSL), Benedito Dafé (PSD), Si do Combate ao Câncer (Avante), Everaldo Santelli (PV), Vadão da Farmácia (PTB) e Pastor Reginaldo (PTB). A abstenção foi do presidente da Casa, Cesinha Pantarotto (PSD).

A sessão foi realizada de forma virtual, já que o prédio da Câmara está fechado até o dia 25 de janeiro, em função de casos de Covid-19 entre servidores e vereadores, e começou com a leitura do parecer final, seguida da palavra aos vereadores – cada um teve 15 minutos para se manifestar. Os únicos que não se pronunciaram foram Vadão e Toddy. Na sequência, o advogado Maurício Cristóvam teve duas horas para a defesa do prefeito, que teve início já na madrugada deste sábado.

A defesa chamou a CP de “um circo montado para atacar o prefeito” por questão política, alegando que o denunciante, ex-vereador José Fermino Grosso, foi seu oponente na eleição de 2020 e acabou perdendo o pleito para Maffeis. O prefeito também se pronunciou e negou todas as acusações de irregularidades. Em seguida, foi aberta a votação. Com o resultado, a CP foi arquivada.

A Comissão Processante foi formada pelos vereadores Zé Luis Buchalla (Patriota), que preside os trabalhos; Wagner Mastelaro (PT), relator da investigação; e Marcos da Ripada (PSL).


RECEBA NOTÍCIAS NO SEU WHATSAPP!
Receba gratuitamente uma seleção com as principais notícias do dia.

Mais sobre Política