Cidades

Com tiros e extrema violência, bandidos assaltam ônibus



Um ônibus de uma empresa de Votuporanga, que levava comerciantes da cidade para fazer compras em São Paulo, foi assaltado na madrugada desta segunda-feira (6) nas proximidades de Matão-SP. Cinco homens fortemente armados atiraram contra o veículo e fizeram com que o motorista parasse. Vítimas relataram, com exclusividade, os momentos de pavor ao Jornal A Cidade.

De acordo com informações obtidas com exclusividade pelo Jornal A Cidade, muitos dos lojistas ainda estavam dormindo quando escutaram o barulho de tiros e sentiram a freada brusca do ônibus.

“A maioria estava dormindo, mas a gente começou a perceber que o ônibus deu uma freada muito forte e pensamos que tinha batido em algum carro, mas na verdade eram os ladrões, um carro atrás e o outro parou com o ônibus e começou a dar tiro e o motorista não sabia o que fazer, se parava ou acelerava, mas ele acabou parando e eles entraram anunciando o assalto”, contou a empresária Fabiana Carvalho Salgado, de 33 anos, uma das passageiras do ônibus.

Com armas de grosso calibre em punho, eles entraram e fizeram o motorista e um comerciante de reféns. Aparentando “experiência”, os bandidos pegaram a fronha do travesseiro de um dos passageiros e ordenaram que todos que estavam no veículo colocassem seus telefones lá, sempre apontando as armas para a cabeça das vítimas e agindo com extrema violência.

“Um deles pegou um passageiro de refém, ficou com a arma na cabeça dele na parte da frente do ônibus, enquanto o outro ficou com a arma apontada para o motorista e um terceiro foi para o fundo, onde eu estava. Sempre gritando muito, com muita violência, um deles passou recolhendo os telefones em uma fronha, que pegou de um passageiro, sempre dizendo para ninguém tentar esconder se não seria pior e que não queriam os celulares, que depois iriam devolver”, completou.

Eles levaram o ônibus para um canavial e lá passaram banco por banco ameaçando e obrigando os passageiros a colocar seus pertences e dinheiro em outra fronha. Por fim fizeram todos tirarem as roupas e descerem do ônibus para serem revistados.

“Quando percebi que era um assalto tentei esconder um pouco do dinheiro na cueca, mas eles gritavam e ameaçavam a todo momento dizendo que todos iam descer para serem revistados e se alguém estivesse escondendo algo lá fora ia ser pior. Pensei que eles iam me matar, então tirei o que escondi e entreguei também”, relatou Rodrigo de Oliveira, de 40 anos, outro passageiro que estava no ônibus.

O Jornal A Cidade tentou contato com a empresa do ônibus que fazia o transporte dos passageiros, mas até o fechamento desta reportagem não obteve retorno.


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