O Edilson e a Solange, sua esposa, foram presos provisoriamente no dia 04 de outubro de 2021 por ordem do juízo da primeira vara criminal de Ituiutaba/MG por supostas práticas de estelionato e lavagem de dinheiro.
Edilson foi acusado de emitir cheques na compra e venda de bovinos e susta-los sem motivo justificado, causando prejuízos de "alto valor".
Segundo a defesa, a prisão é arbitrária e injustificada, por isso impetraram habeas corpus ao tribunal de justiça do estado de minas gerais que, lamentavelmente, indeferiu.
Recorreram, portanto, ao Superior Tribunal de Justiça, onde a sub-procuradora geral da República manifestou-se pela concessão da ordem
Isso porque, na visão dela, a prisão é desproporcional aos delitos em tela.
Além do mais, os pacientes gozam de bons antecedentes e residência fixa.
Em outras palavras, a defesa estava correta ao chamar a prisão de arbitrária, uma vez que os crimes em tela não possuem natureza violenta e, portanto, aplicar a pena de prisão é totalmente equivocada e proporcional.
A ordem foi concedida no dia 03 de dezembro pelo STJ, curiosamente na data do aniversário de um dos advogados de defesa do casal, Dr. João Carvalho.
O casal só teve seu alvará de soltura expedido na terça-feira porque, lamentavelmente, o judiciário mineiro não é tão rápido e eficaz como o tribunal de justiça de são Paulo ou as próprias instâncias superiores.
Aliás, um dos pontos mais curiosos desse processo é que a medida cautelar que determinou a prisão do casal é físico e não digital, algo muito bizarro se pensarmos que o procedimento foi iniciado em 2021, onde a digitalização de processos é uma realidade absoluta, pelo menos aqui em São Paulo.
Um processo físico correndo em uma cidade distante e em outro estado certamente prejudicou muito os trabalhos da defesa.
A denuncia, mais curioso ainda, foi convertida em processo digital após a decretação da prisão.
Edilson ficou recolhido em Paulo de Faria, enquanto sua esposa ficou em Tupi Paulista.
Agora o casal vai utilizar todas as suas forças para provar a inocência perante um processo bem exótico e excêntrico
A defesa do casal foi feita pelos advogados
Dra. Lívia kawano Pavan
Dr. Denivaldo tarcinavo
E dr. João Carvalho