Política

Câmara deve votar PL que proíbe fogos de artifício em Votuporanga



Os estampidos dos tradicionais fogos de artifício podem estar com os dias contados em Votuporanga. O projeto do vereador Chandelly Protetor (Podemos) que visa proibir a soltura de fogos, bombas e rojões no município, deixou a gaveta da Câmara Municipal, foi lido na sessão ordinária de anteontem e deve entrar na pauta da próxima sessão, na segunda-feira (1º).

A notícia foi comemorada por Chandelly na Tribuna. Segundo ele, a medida irá beneficiar não apenas os animais que sofrem com o barulho das explosões, mas também os idosos e pessoas com autismo que também são afetados.

“Eles [fogos] são muito prejudiciais para autistas, idosos, hospitalizados, acamados, pessoas com algum tipo de transtorno, animais, meio ambiente, e com certeza muitos pássaros morrem quando alguém solta fogos de artifícios com estampido. Não estamos falando da proibição na sua totalidade, pois existem fogos que deixam o céu muito mais bonito e não são prejudiciais à saúde, a nenhuma vida”, disse o vereador.

Se aprovado, ficará proibido o manuseio, utilização, queima e soltura de fogos de estampidos e de artifícios, assim como quaisquer artefatos pirotécnicos de efeito sonoro ruidoso no município, sob pena de multa, de aproximadamente R$ 2 mil.

A medida já foi adotada em outras cidades do Estado de São Paulo, como Campinas, Ubatuba, Sorocaba, São Manuel, Itu, Mogi Mirim e Conchal, além de outros municípios brasileiros.

Outro lado

Se por um lado se discute os malefícios que os fogos provocam em animais e pessoas especiais, principalmente autistas, por outro há todo uma cadeia produtiva e revendedora dos artefatos que está preocupada com o impacto econômico que leis do tipo estão provocando em todo o Brasil e podem trazer para o município, inclusive com a perda de empregos gerados no setor.

Sobre esse aspecto, aliás, o jornal A Cidade conversou com a empresária Eloá Santa Rosa, responsável por uma revenda de fogos na rua Amazonas, bairro Santa Luzia. Ela atua no segmento há nove anos e disse que entende o ponto de vista dos defensores da causa animal, mas que há toda uma cadeia econômica que pode ser prejudicada por conta de uma situação momentânea.

“Não são 365 dias do ano soltando foguetes,. Então se for pôr na balança o impacto financeiro que causa no empreendedor do setor é gritante. Tudo que conquistamos em nossa vida foi graças aos fogos, foi isso que sempre sustentou nossa família e a cada dia vamos observando o declínio do setor por conta de iniciativas como essa”, disse a empresária.


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