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Câmara de Jales: a lentidão que custa caro ao povo



Jales (SP) – A população jalesense segue pagando a conta da inércia legislativa, com juros altos cobrados pelo descaso institucional. Diante das últimas declarações do vereador Bruno de Paula, atual presidente da Câmara Municipal, fica evidente o que já é de conhecimento geral: há cinco anos existe um impasse com a empresa JalesPark, responsável pela zona azul na cidade, e até agora nenhuma solução concreta foi apresentada. Mais grave ainda: há sete meses no comando do Legislativo, o vereador admite publicamente que também não fez absolutamente nada.

A declaração, que em outras palavras é uma confissão de incompetência, funciona como uma verdadeira “nota promissória” assinada por Bruno de Paula e endereçada à paciência do povo. Enquanto isso, motoristas seguem sendo constrangidos e penalizados pelo sistema da JalesPark, que coleciona denúncias de abusos e cobranças indevidas, especialmente de idosos e pessoas com deficiência.

Os demais vereadores preferem o silêncio confortável da omissão. Alegam que, como o presidente da Casa sequer colocou em pauta o requerimento apresentado por Betto Mariano – que pede apuração das práticas da empresa – nada podem fazer. Ora, quando se trata de entregar título de cidadão, posar em fotos ou disputar espaços ao lado de deputados em busca de simpatia para as eleições futuras, sessões extras são convocadas com rapidez espantosa.

A pergunta que fica: por que a mesma disposição não aparece quando é o povo que precisa?

Como se não bastasse o marasmo legislativo habitual, a Câmara de Jales decidiu “descansar” de vez. Nas próximas duas semanas não haverá sessão – mais um capítulo no enredo que comprova que o ritmo interno da Casa caminha no mesmo compasso das promessas esquecidas: devagar, quase parando.

Enquanto os vereadores trabalham uma vez por semana (e agora nem isso), a população amarga a conta de uma gestão legislativa que parece só despertar quando há palanque, selfie ou café da manhã com político influente. Em meio a tantas desculpas, uma certeza se impõe: quem paga, mais uma vez, é o povo. E caro.

 

 


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