O mercado de energia solar no Brasil vem crescendo pela adesão de consumidores que veem vantagens a longo prazo com a implementação do sistema de energia limpa. Porém, a Agência Nacional de Energia Elétrica pode frustrar muitos interessados na adoção desse sistema em breve.
Isso porque a ANEEL está propondo uma nova taxa sobre o valor dessa energia.
Hoje o que acontece é que a produção dela injeta nas redes elétricas uma quantidade de energia que então gera créditos na proporção de quase 100% para a fatura mensal do consumidor. Muito em breve isso poderá mudar.
A nova medida em estudos visa reduzir essa compensação em créditos para apenas 68%, ou seja, seria como criar uma taxa de té 32% em cima dessa produção, diminuindo ainda mais as vantagens dessa adoção que já prevê um investimento inicial alto e que se paga com os anos.
Se a medida for confirmada isso significará desincentivo a esse nicho de mercado.
O grande ponto de preocupação é que a redução no valor do crédito proposto é grande, em um cenário de curto prazo. Traz uma mudança e um impacto muito grande para a atratividade das instalações e dos projetos - Marcio Takata, diretor da consultoria e empresa de pesquisa Greener.
Se a medida for aprovada, haveria ainda um período de transição: até 2030 as regras permaneceriam as mesmas, mas o mercado critica que o prazo é curto.
Vale lembrar, no ano passado o BNDES liberou uma linha de crédito visando incentivar a adoção de painéis solares por pessoas físicas.
Infelizmente a adoção desse modelo ainda não é tão massificada e essas novas medidas devem desincentivar sua adoção, já que tende a retardar ainda mais o retorno dos investimentos.