Nesta segunda-feira, 07 de abril por volta das 16 horas, enquanto fazia seu trajeto habitual, o jornalista Betto Mariano foi surpreendido por uma cena que, no mínimo, merece uma pausa para reflexão — e, quem sabe, até uma CPI recheada de indignação e pão francês.
Em frente ao conhecido supermercado Proença, em Jales, uma ambulância da Prefeitura de Mesópolis encontrava-se estacionada. Até aí, tudo dentro da mais perfeita normalidade: veículos de emergência circulam, param, seguem seu caminho... Mas eis que o roteiro ganhou um toque de realismo mágico — ou tragicômico, dependendo do ponto de vista.
Poucos minutos depois, surgem duas mulheres — que, curiosamente, não usavam qualquer uniforme ou identificação como funcionárias da saúde municipal — empurrando um carrinho de compras abarrotado. Sem perder tempo, abriram a parte traseira da ambulância (sim, aquela mesma destinada ao transporte de pacientes) e começaram a acomodar cuidadosamente os mantimentos.
Seria algum novo programa nutricional voltado aos enfermos de Mesópolis? Uma política pública de emergência alimentar sobre rodas? Ou quem sabe uma reinterpretação contemporânea da expressão “ambulância equipada”?
As perguntas ficaram no ar, pairando como o aroma das frutas frescas do supermercado. Para quem seriam as compras? Um paciente faminto? Um servidor em missão? Ou uma simples coincidência logístico-doméstica em plena segunda-feira?
Com a palavra, a Prefeitura Municipal de Mesópolis… e, claro, os sempre atentos e vigilantes nobres vereadores. Afinal, se a saúde está indo às compras, é sinal de que, pelo menos, o apetite segue firme e forte.
