Polícia

A Polícia Civil de Jales está na cola daquele que pode ser considerado o maior estelionatário da cidade.



A Polícia Civil de Jales está na cola daquele que pode ser considerado o maior estelionatário da cidade.

O elemento, de iniciais F.F.P., morador da Rua das Violetas, já teria aplicado mais de duas dezenas de golpes, sendo que pelo menos uma dúzia de vítimas já foram identificadas.

A especialidade dele é a troca de cheques em estabelecimentos comerciais, onde adquire produtos e paga com cheques normalmente falsificados. Na quinta-feira, 14, investigadores fizeram uma visita à casa do suspeito, em busca de provas e encontraram cerca de 50 cheques furtados, roubados e extraviados.

A polícia está investigando, ainda, se parentes do estelionatário participaram dos golpes.

A sua especialidade é a troca de cheques. Ou seja, F.F.B. procura um estabelecimento comercial ou de serviços, consome ou adquire produtos, paga a conta com um cheque de maior valor e pede troco. Os cheques são invariavelmente fruto de roubos, furtos, falsificações e outras modalidades de crimes e o comerciante perde o valor do que vendeu e o valor excedente que constava no cheque.

O mesmo golpe foi aplicado em veterinária, pet shop, casas de água e gás. de marmitas, postos de combustíveis, troca de óleo, mecânica, papelaria, padaria, quitanda, loja de tintas, picanharia, açougue, enfim ninguém escapa. Certo de sua impunidade, há duas semanas, F.F.B. passou um cheque que continha o que seria a assinatura de um famoso pastor da cidade.

Os cheques estão registrados em Boletins de Ocorrência de furtos e roubos cometidos em várias partes do estado de São Paulo, como Barretos e São José do Rio Peto, e a polícia suspeita que F.F.B. faça parte de uma rede de desova de produtos de crimes. Ele seria o comprador a quem os ladros recorrem para transformar em dinheiro os cheques que roubaram.

“Estou na polícia há 25 anos e esse rapaz dá trabalho esse tempo todo. Já esteve preso por oito anos e voltou para atazanar as pessoas. Certamente o maior estelionatário de Jales”, disse um policial.

CUMPLICES

A polícia acredita que outro tipo de golpe coordenado por Fabiano conta com a participação de pelo menos dois jovens amigos do enteado dele.

Os jovens com idade abaixo de 20 anos, teriam aberto contas bancárias com o único intuito de obter talões de cheques e repassar para o golpista.

Dois cheques encontrados em seu poder no dia da busca policial corroboram essa versão.

Os documentos estavam assinados, mas não tinham os valores preenchidos. “Eles pegavam os talões e davam para o rapaz que passava nos estabelecimentos sempre com valores muito acima da dívida.

Como os cheques não tinham saldo, o comerciante ficava com o prejuízo”, disse o delegado Edson Sakashita, que preside o inquérito.

O delegado ressalta que os comerciantes não podem relaxar as medidas de segurança, como verificar a procedência do cheque e a identidade do cliente. “Nessa época de quarentena as vendas estão em baixa e os comerciantes acabam relaxando a segurança para não perder a venda e é disso que os estelionatários se aproveitam”.

 


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